Caso de adolescente de Joinville estuprada é investigado em esquema de violência sexual no Discord

Caso foi divulgado em abril e voltou repercutir em reportagem no Fantástico neste domingo

Caso de adolescente de Joinville estuprada é investigado em esquema de violência sexual no Discord

Caso foi divulgado em abril e voltou repercutir em reportagem no Fantástico neste domingo

O caso de uma adolescente de 13 anos, moradora de Joinville, que teria sido estuprada por suspeitos que atuam pelo aplicativo Discord repercutiu novamente no Fantástico neste domingo, 25. A adolescente e a irmã da vítima foram entrevistadas pelo programa da Rede Globo. O caso já havia sido divulgado em abril e faz parte de uma investigação nacional.

Na reportagem exclusiva do Fantástico, foi relatado que a rede de pessoas age pelo Discord, aplicativo usado por adolescentes para chamadas de vídeo e voz. Os suspeitos buscavam por menores de idade e, ao se relacionarem, passavam a chantagear as vítimas a cumprir desafios. Caso a vítima não aceitasse, fotos íntimas são vazadas.

Foram encontradas diversas pastas com o nome das vítimas. Em uma dessas pastas, uma adolescente de Joinville de 13 anos estava sendo chantageada. Segundo o relato, em agosto de 2022, a vítima deixou um bilhete e fugiu de casa, atraída por um dos envolvidos.

“No início só foram conversando, falando que era amigo dela, que ela poderia ir para lá, que ia ser muito legal, que não teria nenhum adulto enchendo o saco. Ele mandou um aplicativo de carona daqui para ela ir para lá”, relata a irmã. A vítima teria sido forçada a ter relações com o homem já no primeiro dia no local.

“Depois disso, foram para outra casa. Chegando lá, eles doparam ela e a forçaram novamente a ter relações. E bateram nela, cortaram ela”, conta a irmã da vítima. Durante duas semanas, a vítima teria sido forçada a se drogar e a ter relações sexuais com diferentes agressores.

Alguns dos crimes foram transmitidos também no Discord. Porém, o caso chegou às autoridades meses depois. A vítima ficou em uma casa em São Paulo, junto a outros adolescentes que também tinham fugido de casa. Ela foi convencida a voltar para casa por persistência da irmã, que também é tutora da vítima.

Prisão de suspeitos

Segundo a reportagem, um dos envolvidos que mostrou o “backup das vagabundas estupradas”, pastas com o nome das vítimas, foi preso.

A apreensão do HD e o depoimento dele ajudaram a Polícia Civil de São Paulo a confirmar a identidade de mais criminosos, entre eles um que foi acusado de ser uma das pessoas que violentaram sexualmente a garota de Joinville.

Dois homens foram presos na última sexta-feira, 23, e outro está foragido. Os advogados de defesa dos acusados não quiseram se pronunciar sobre o caso para o Fantástico.

Plataforma está sendo investigada

Além dos suspeitos, o Ministério Público de São Paulo está investigando a plataforma Discord. “Nós estamos apurando, através de um inquérito civil, a falta de segurança da plataforma Discord. Crimes individuais sempre vão ocorrer na internet. O que diferencia é a detecção de que nessa plataforma está ocorrendo um discurso estruturado de ódio. Um local propício para que eles planejem ataques às vítimas e, principalmente, transmitam o conteúdo do crime”, declara o promotor de Justiça de São Paulo Danilo Orlando ao Fantástico.

O porta-voz do Discord, em entrevista ao Fantástico, disse que a plataforma não tolera comportamento odioso. “Nós somos um produto gratuito para mais de 150 milhões de usuários ao redor do mundo, e de tempos em tempos, conteúdo e comportamento mau vão acontecer. Nós trabalhamos ativamente para remover esse conteúdo”, afirmou o porta-voz.

“Gostaria de enfatizar que a vasta maioria das interações de brasileiros usando Discord são positivas e saudáveis. Nós somos proativos e investigamos grupos que podem estar envolvidos em ameaças a crianças e trabalhamos para tirar esses agentes ruins da plataforma”, acrescentou.

Confira a reportagem completa do Fantástico neste link.


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