Caso de febre Chikungunya confirmado em Itajaí preocupa vigilância de Brusque
Doença é transmitida pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti
Doença é transmitida pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti
A recente confirmação de um caso de febre Chikungunya em Itajaí traz preocupação para a Vigilância Epidemiológica de Brusque. A doença é transmitida pelo mosquito da dengue, o Aedes aegypti, por isso, o alerta do órgão brusquense.
De acordo com a coordenadora do Programa de Combate a Dengue, Fernanda Lippert, a preocupação com a doença é a mesma com a dengue, já que em setembro o município chegou a 45 focos da doença. “Encontramos mais três focos de dengue no bairro Santa Rita no último mês. Esse número continua crescendo e nos preocupa muito, principalmente agora com a confirmação da Chikungunya em Itajaí”.
Fernanda destaca que as chuvas dos últimos dias aliadas às altas temperaturas são condições ideiais para a reprodução do Aedes Aegypti. “Ele tem muita facilidade de reprodução. Sete dias basta para o mosquito se multiplicar e nós ainda estamos encontrando muito depósito de água parada. Temos que redobrar a atenção”.
A proximidade com a cidade portuária faz com que a Vigilância Epidemiológica do município redobre o trabalho de combate ao mosquito. “A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) já solicitou um plano de enfrentamento e já estamos elaborando. Esse caso nos preocupa muito porque estamos próximos e temos a quantidade de chuva ideal para a reprodução do mosquito”.
A diretora da Vigiância Epidemiológica, Clotilde Imianowsky, ressalta a importância da população no combate ao mosquito transmissor da dengue e da febre Chikungunya. “Precisamos fazer uma força tarefa, que as pessoas olhem em volta de suas casas e denunciem locais com condições propícias próximos de suas casas. Não podemos deixar que Brusque chegue ao ponto que Itajaí chegou, mas para isso, precisamos do auxílio de todos, só a vigilância não conseguirá impedir uma contaminação”, diz.
A doença
A febre Chikungunya é uma doença semelhante a dengue. O modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e também pelo mosquito Aedes albopictus.
Os sintomas são parecidos com a dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. A diferença são as fortes dores nas articulações. “São praticamente os mesmos sintomas da dengue, mas não é letal. A característica desta doença são as fortes dores nas articulações, que podem durar de meses até mais de um ano. As dores são tão fortes que a pessoa fica tão debilitada que não consegue nem trabalhar, como se fosse uma dor crônica de reumatismo”, explica Fernanda.
O caso confirmado em Itajaí foi o primeiro de Santa Catarina.