Caso único no mundo: especial mostra como Botuverá preserva dialeto bergamasco por 147 anos

Série de dez webdocumentários exclusivos e inéditos mostra vários aspectos da cultura ítalo-bergamasca no município

Caso único no mundo: especial mostra como Botuverá preserva dialeto bergamasco por 147 anos

Série de dez webdocumentários exclusivos e inéditos mostra vários aspectos da cultura ítalo-bergamasca no município

O jornal O Município lança no dia 9 de junho a série de webdocumentários “Botuverá: Terra dos Bergamascos”. Ao todo, serão lançados dez episódios.

O especial mostra como a cidade, que celebra seu aniversário de emancipação política-administrativa de 61 anos nesta data, tornou-se um dos maiores polos de preservação do dialeto bergamasco em todo o mundo.

Seguindo a tendência mundial do streaming, os dez episódios serão lançados periodicamente até dezembro, cada um abordando um aspecto diferente da tradição.

O conteúdo inédito e exclusivo terá mais de 40 horas de gravações e cerca de 30 entrevistados direta e indiretamente em quatro países. O projeto conta com 20 patrocinadores e poderá ser utilizado como conteúdo educativo nas escolas.

Os episódios estarão disponíveis em omunicipio.com.br/terradosbergamascos, no Youtube, no Instagram, no Facebook e no TikTok do jornal O Município. Além disso, haverá uma versão legendada em italiano clássico no Youtube para divulgação na Itália.

Destaque mundial

Trata-se de um caso único no planeta. Um “idioma” local originário da província de Bérgamo que, após 147 anos desde a chegada dos pioneiros, ainda é falado em comunidade em Botuverá rotineiramente.

Tudo começou em 1876, com a chegada dos pioneiros que aportaram no Litoral catarinense e vieram para as terras de Porto Franco, atualmente Botuverá.

“O objetivo é fazer um registro histórico que poderá ser consultado por décadas e ajudará a preservar essa história incrível para o futuro”, explica o diretor de Jornalismo e Operações do Grupo O Município, Andrei Paloschi, idealizador do projeto e descendente dos primeiros imigrantes de Botuverá.

Conteúdo exclusivo e inédito

O dialeto desembarcou em Botuverá junto com os imigrantes. As crises enfrentadas na Itália, somadas às promessas dos agentes de imigração, trouxeram os imigrantes que colonizaram o município no fim do século XIX.

O especial conta com roteiro e produção do repórter Thiago Facchini e com edição de roteiro do editor-chefe Marcelo Reis. A edição e identidade visual é do designer gráfico Diego Martins, e as imagens do cinegrafista Tiago Schumacher.

Ao longo dos dez episódios, aspectos como o incentivo do dialeto entre as crianças, a preservação da tradição pelos idosos, a Festa Bergamasca e a missa celebrada completamente em bergamasco serão abordados.

O primeiro episódio introduz a chegada dos imigrantes de Bérgamo em Porto Franco. Fatores que influenciaram a vinda dos imigrantes e o caminho dos pioneiros até as terras que hoje pertencem a Botuverá estão entre os assuntos abordados.

Ainda no episódio que abre o especial, há uma passagem de tempo que mostra Botuverá no dia a dia. Nesta parte aparece o crescimento econômico do município, que antigamente tinha a economia com base na agricultura e, com o passar dos anos, contou com o fortalecimento do setor têxtil e da mineração.

O segundo episódio vai abordar questões como a situação do dialeto pelo mundo, em que há grupos que também valorizam a tradição ítalo-bergamasca.

Expectativa pela produção

O prefeito de Botuverá, Alcir Merizio, comenta as expectativas para o especial, que além de mostrar a preservação do dialeto no município, traz imagens da cidade e discute o dialeto falado em Botuverá com italianos bergamascos espalhados pelo mundo.

“Falar da nossa língua bergamasca é importante para resgatarmos essa cultura. Para nós, preservar o nosso dialeto é motivo de alegria. O município de Botuverá é culturalmente muito rico”, diz.

Alcir relaciona a cultura da população com o conhecimento, a preservação de valores e com o desenvolvimento da sociedade. O prefeito diz entender que as futuras gerações precisam compreender de onde vieram os antepassados.

“Uma das maiores e mais valiosas riquezas imateriais que possuímos, certamente, é o dialeto Bergamasco. O bergamasco está se perdendo no país europeu. Contudo, Botuverá cultiva e preserva os traços desta cultura”, afirma.

Assista ao primeiro episódio:


Assista agora mesmo!

Veja cenas exclusivas do especial que revela histórias nunca antes reveladas das igrejas de Guabiruba:


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