Caso Viúva Negra: mulher que mandou assassinar marido em Brusque vai a júri popular
Ao todo sete serão julgadas por participação no crime
Sete pessoas envolvidas no assassinato do empresário Edinei da Maia irão a júri popular. A decisão foi prolatada nesta terça-feira, 21, pela Vara Criminal da Comarca de Brusque. Entre elas está a esposa dele, Elisa Zierke dos Passos, acusada de ser mandante do assassinato.
Entre os crimes, são mencionados homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ocultação de cadáver e furto. O fato ocorreu em fevereiro de 2024.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), o caso começou como uma investigação de desaparecimento. O empresário teria saído de casa sozinho para realizar o orçamento de um túmulo em Vidal Ramos e não retornou.
Durante as diligências, foi descoberto que ele havia sido sequestrado, assassinado e seu corpo ocultado em uma área de mata entre Brusque e Canelinha.
Segundo a denúncia, a motivação do crime estaria relacionada a um suposto caso extraconjugal entre a esposa da vítima e um dos réus. Com o apoio de outros cinco homens, eles teriam planejado a execução. Dias antes do crime, os acusados cavaram uma cova em um local isolado, preparado para ocultar o corpo.
Dia do crime
No dia do crime, a vítima foi atraída para uma emboscada em Vidal Ramos, onde foi ameaçada com uma arma de fogo, amarrada e colocada no porta-malas de seu próprio veículo. Posteriormente, foi transferida para outro carro e levada até a área de mata onde a cova já estava preparada.
No local, a vítima foi brutalmente agredida na cabeça e no tórax. Após sua morte, o corpo foi enterrado. O cadáver foi localizado quase quatro meses depois, em 15 de junho de 2024, em avançado estado de decomposição, fato que impossibilitou a determinação exata da causa da morte.
A esposa da vítima foi pronunciada por homicídio qualificado, por motivo torpe, emboscada e surpresa, além de ocultação de cadáver e porte ilegal de arma de fogo.
O homem apontado como parceiro no suposto relacionamento extraconjugal recebeu acusações pelos mesmos crimes, além de furto.
Os outros cinco réus, incluídos quatro homens que teriam recebido pagamento ou promessa de recompensa, foram denunciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e, em alguns casos, porte ilegal de arma de fogo e furto.
A prisão preventiva dos réus foi mantida, e o direito de recorrerem em liberdade foi negado, dada a gravidade dos crimes e o risco de reiteração criminosa. A decisão de 1º Grau ainda está sujeita a recursos, e o processo tramita sob sigilo.
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