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Caso Viúva Negra: saiba quem será julgado no primeiro dia de júri em Brusque

Júri popular ocorre nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira, 6, três dos sete envolvidos no assassinato do empresário brusquense Edinei da Maia serão julgados pelo Tribunal do Júri. Nesta primeira etapa, o júri irá julgar Júlio Cezar Durgo Sothe, conhecido como montanha, Kauê Hans Becker e Robson de Amorim, conhecido como grilo. O jornal O Município acompanha a sessão presencialmente para as atualizações do caso.

Todos estão sendo indiciados pelo homicídio de Edinei. A esposa do empresário, Elisa Zierke dos Passos, não será julgada neste primeiro momento. Além disso, todos os jurados compareceram ao sorteio, assim como as testemunhas de defesa e acusação.

No início da manhã desta sexta, 23 jurados iniciaram os trabalhos e compareceram ao fórum; sete foram escolhidos por sorteio. Cada parte — defesa e acusação — pôde recusar até três vezes.

As defesas dos réus esgotaram as recusas, e a acusação recusou dois jurados. O júri foi composto por cinco mulheres e dois homens. O conselho de sentença foi formado às 9h03.

Os criminosos entraram no tribunal com os pés algemados — prática que não é comum. Ao iniciar a sessão, o juiz ordenou a retirada das algemas para que eles fossem julgados. A previsão é que a sessão termine no fim da noite desta sexta.

Investigação e denúncia

De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), o caso começou como uma investigação de desaparecimento. O empresário teria saído de casa sozinho para realizar o orçamento de um túmulo em Vidal Ramos e não retornou.

Durante as diligências, foi descoberto que ele havia sido sequestrado, assassinado e seu corpo ocultado em uma área de mata entre Brusque e Canelinha.

Segundo a denúncia, a motivação do crime estaria relacionada a um suposto caso extraconjugal entre a esposa da vítima e um dos réus. Com o apoio de outros cinco homens, eles teriam planejado a execução. Dias antes do crime, os acusados cavaram uma cova em um local isolado, preparado para ocultar o corpo.

Relembre o crime

No dia do crime, a vítima foi atraída para uma emboscada em Vidal Ramos, onde foi ameaçada com uma arma de fogo, amarrada e colocada no porta-malas de seu próprio veículo. Posteriormente, foi transferida para outro carro e levada até a área de mata onde a cova já estava preparada.

No local, a vítima foi brutalmente agredida na cabeça e no tórax. Após sua morte, o corpo foi enterrado. O cadáver foi localizado quase três meses depois e 23 dias depois, em 15 de junho de 2024, em avançado estado de decomposição, fato que impossibilitou a determinação exata da causa da morte.

A esposa da vítima foi pronunciada por homicídio qualificado, por motivo torpe, emboscada e surpresa, além de ocultação de cadáver e porte ilegal de arma de fogo.

O homem apontado como parceiro no suposto relacionamento extraconjugal recebeu acusações pelos mesmos crimes, além de furto.

Os outros cinco réus, incluídos quatro homens que teriam recebido pagamento ou promessa de recompensa, foram denunciados por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e, em alguns casos, porte ilegal de arma de fogo e furto.

A prisão preventiva dos réus foi mantida, e o direito de recorrerem em liberdade foi negado, dada a gravidade dos crimes e o risco de reiteração criminosa. A decisão de 1º Grau ainda está sujeita a recursos, e o processo tramita sob sigilo.

*Colaboração: Otávio Timm

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