Casos de intoxicação por medicamentos são recorrentes em Brusque

Ingestão sem orientação médica e uso de vários remédios simultaneamente estão entre as causas

Casos de intoxicação por medicamentos são recorrentes em Brusque

Ingestão sem orientação médica e uso de vários remédios simultaneamente estão entre as causas

O número de casos de intoxicação por ingestão de medicamentos chama a atenção em Brusque. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, tenente Hugo Manfrin, apesar de não haver um levantamento específico sobre o tema, atendimentos médicos devido ao problema são recorrentes.

Ele alerta para o cuidado necessário com a manipulação e consumo dos remédios, além do consumo apenas com orientação médica. “Esse tipo de ocorrência pode ocorrer por diversos fatores, tais como overdose de medicamentos por pessoas depressivas ou suicidas, ingestão acidental por crianças, entre outros.”

Dados como qual medicamento foi ingerido e a quantidade aproximada são indicadas por ele como importantes para o atendimento correto das vítimas. Em alguns casos, de acordo com ele, a própria bula do medicamento contém informações básicas para um primeiro atendimento, mas o chamado do Corpo de Bombeiros ou do Samu é considerado fundamental.

Gestão doméstica
Para a farmacêutica Milena Raspini, a falta de organização no cronograma e controle nas quantidades de medicamentos estão entre as causas mais comuns de casos de intoxicação acidental. “É importante levar tudo o que a pessoa toma e repassar este histórico de medicamentos, mesmo para consultas com novos especialistas.”

Com a semelhança de embalagens e comprimidos, uma indicação dela é a organização de um modelo que facilite a identificação de cada item. Ela destaca a possibilidade de separação em recipientes com anotações de horários e quantidades, para facilitar o manuseio. Utilizar símbolos pode ser uma alternativa para pessoas com dificuldades visuais.

Um estudo desenvolvido pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) de São Paulo, indica mais de 304,6 mil casos semelhantes no país entre 2002 e 2012. Ao todo, 853 pessoas morreram pela ingestão de medicamentos.

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