Casos de perturbação do sossego aumentam quase 55% em 2019
Informações foram repassadas pela Polícia Militar nesta semana
Informações foram repassadas pela Polícia Militar nesta semana
Os casos de perturbação do sossego aumentaram 54.7% no ano de 2019 em Brusque. Durante o ano passado foram 1.832 casos, contra 1.184 em 2018. O número é ainda maior se comparado com 2017, quando 913 casos foram registrados.
Estes dados foram divulgados pela Polícia Militar de Brusque durante uma coletiva de imprensa junto aos demais órgãos de segurança do município na segunda-feira, 13.
No ano passado, um caso de perturbação do sossego repercutiu quando a Polícia Militar apreendeu máquinas de uma obra no Centro após receber diversas denúncias durante à noite.
Segundo o comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, estes casos de perturbação do sossego ou trabalho estão cada vez mais comuns pela falta de respeito da população. “Analisando o contexto, vejo que o ser humano cada vez mais está perdendo o respeito para consigo próprio e para os outros”, comenta o oficial.
O tenente-coronel afirma que o som extremamente alto, seja por parte de lojas, supermercados, casas de eventos ou em residências representa uma falta de sensibilidade com o próximo.
Ferreira Filho comenta que existe um caso específico em um bairro de Brusque onde circula um carro de som que perturba os moradores. Os policiais militares já foram até o local diversas mas o responsável sempre volta a utilizar o som.
A denúncia pelo som alto pode ser feita em qualquer horário do dia, até porque tem pessoas que trabalham à noite e dormem durante o dia e o som alto pode atrapalhar. No entanto, a PM dá maior atenção aos casos que acontecem a partir das 22h.
Em locais onde as denúncias são comuns e as guarnições já foram diversas vezes, a tendência é que ao receber um chamado os policiais militares apreendam o som e até mesmo prendam os responsáveis.
Em muitos casos, é feita a notificação e realizada uma conversa. Se o responsável não acatar as ordens e a PM receber novo chamado, o comum é apreender o aparelho.
Além disso, o comandante diz que as vezes acontece de a denúncia ser por implicância. Ele diz que já atendeu um caso onde o som não estava alto mas a vizinha acionou a polícia. Ferreira Filho diz que também é preciso ter bom senso, de ambas as partes.