Castidade conjugal
É preciso compreender que castidade, inclusive conjugal, não é negação da sexualidade humana. Tal atitude seria contrária à própria vontade de Deus, que dotou o ser humano dessa riqueza e beleza que é a sexualidade humana. Energia que perpassa todo o ser e o agir humano. É impossível depor a sexualidade. Ela está presente em […]
É preciso compreender que castidade, inclusive conjugal, não é negação da sexualidade humana. Tal atitude seria contrária à própria vontade de Deus, que dotou o ser humano dessa riqueza e beleza que é a sexualidade humana. Energia que perpassa todo o ser e o agir humano. É impossível depor a sexualidade. Ela está presente em todos os atos humanos. É impossível agir como ser humano de maneira assexuada. Isso não é a mesma coisa que afirmar que tudo depende da sexualidade. O que seria afirmar um pansexualismo inaceitável. Um freudismo estremo. Estamos afirmando, tão somente, que toda ação humana contém algo da energia sexual, segunda a constituição de cada ser humano.
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Castidade é viver a sexualidade segundo o plano de Deus. O amor entre mulher e homem que querem se entregar um ao outro a fim de viver em união estável e indissolúvel, a partir da celebração do Sacramento do Matrimônio é o fundamento da espiritualidade conjugal e familiar. Essa espiritualidade inclui a castidade conjugal. Essa não é nada mais do que o ordenamento interior da vida a dois, conforme o projeto do casamento presente na proposta da Boa Nova do Reino de Deus. Essa ordem está relacionada com o desenvolvimento das manifestações afetivas e sexuais, na medida e no sentido que lhes são próprios, da vida conjugal. Portanto, trata-se de educar os impulsos afetivos e sexuais, segundo a virtude da temperança ou sobriedade, seguindo o ordenamento das paixões pela razão.
A castidade conjugal faz parte também das finalidades do próprio Matrimônio. Essas se expressam na administração do dom da vida, participando da própria Criação de Deus, exercendo o ministério da transmissão da vida, por meio de paternidade e maternidade responsáveis. E, por outro lado, pela entrega total recíproca realizar a complementação e suplemento mútuos, na fidelidade e no amor, fecundando continuamente a vida conjugal.
É evidente que para viver tal proposta, necessária se faz uma preparação para a vivência do amor com maturidade e responsabilidade, alicerçada em conhecimento de sua corporeidade, constituição psicológica e domínio de si mesmos. Tudo isso não é possível sem ascese (treino) permanente e espiritualidade sadia, centradas em valores que brotam da Proposta do Evangelho de Jesus de Nazaré.
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A castidade na sua parte mais visível se traduz na fidelidade mútua. Todavia, ela é, sobretudo, elemento imprescindível no equilíbrio e harmonia da e na vida do casal que quer construir uma vida a dois, com sentido e conteúdo libertadores. A castidade, então, não é “castração” (como, às vezes, se propala), mas libertação e instrumento rico e eficaz na construção de união duradoura e enriquecedora das pessoas envolvidas. Onde as pessoas são tratadas como pessoas e não como objetos de uso, de manipulação, de dominação, de subordinação, roubando a dignidade e o respeito devidos ao cônjuge.