CBF define condições para que Augusto Bauer seja utilizado na Série B
Danilo Rezini não garante que quadricolor jogue no Gigantinho, mas afirma que diretoria se concentra nesta possibilidade
Danilo Rezini não garante que quadricolor jogue no Gigantinho, mas afirma que diretoria se concentra nesta possibilidade
O presidente do Brusque, Danilo Rezini, anunciou, na tarde desta quarta-feira, 23, as condições definidas pela CBF para que o estádio Augusto Bauer possa ser utilizado pelo clube na Série B do Campeonato Brasileiro. Em modo normal, o Gigantinho não poderia receber jogos desta competição por não atender a capacidade mínima (10 mil lugares sentados) exigido em regulamento. Rezini reitera que ainda não há garantias que o Brusque jogue no Augusto Bauer, mas que o clube está focado neste plano.
A primeira condição é aumentar a intensidade da iluminação do estádio para 800 lux (lux é a unidade do nível de iluminância de uma fonte de luz dentro de um ambiente). No ano passado, o Brusque precisou realizar este mesmo tipo de melhoria, trocando uma iluminação que variava de 150 a 180 lux para 500 lux. Era uma das condições exigidas pela CBF para que o Gigantinho recebesse partidas na Série B. O campeonato começou sem a presença de público naquele ano, por conta da pandemia.
O investimento total em 2021 foi de R$ 670 mil, divididos em 10 parcelas. A principal patrocinadora, Havan, paga R$ 20 mil em cada parcela, totalizando um aporte de 200 mil. Foram realizadas também obras de melhorias no estádio e a instalação de novas cabines de imprensa.
Um ponto exigido é a instalação de uma arquibancada metálica com capacidade entre 2 mil e 2,5 mil pessoas, mas não há um número claro, conforme relata Rezini. Toda a arquibancada descoberta original do estádio seria destinada à torcida visitante. A Havan começou a buscar orçamentos, que devem ser definidos até a próxima semana.
“O Brusque está em uma situação financeira estável, mas há grandes desafios pela frente”, comenta o presidente. O quadricolor espera que a Havan possa contribuir com os investimentos no Augusto Bauer, como já fez recentemente.
Outra questão que está entre fundamental é a remoção das placas de publicidade sobre o muro, no lado oposto ao da arquibancada coberta e das cabines de imprensa. Ali estão expostos patrocinadores e apoiadores do Carlos Renaux. A CBF não aceita a exposição de outras marcas que não sejam as patrocinadoras das competições que organiza.
O assunto já foi debatido por Brusque e Carlos Renaux no ano passado. Na ocasião, o tricolor decidiu não ceder e o quadricolor chegou a ser multado em primeira instância no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Carlos Renaux apresentou uma proposta para que o Brusque compensassee os valores recebidos pelo Vovô. A diretoria quadricolor está em negociações sobre a renovação do contrato de aluguel e analisa a proposta com a questão das placas inclusa.
A qualidade do gramado precisa ser mantida. Em 2021, o estádio foi alvo de reclamações de adversários, justamente pelo estado do gramado, que se deteriorava com o decorrer da Série B. O Carlos Renaux tem planos de substituir o campo atual por um de grama sintética ainda no meio de 2022. A expectativa de Danilo Rezini é de que este processo seja adiado, sem ser realizado em meio à Série B.
O Brusque também precisará garantir que não haja presença de torcedores no alambrado, no nível do campo. Esta medida já vinha sendo tomada em 2021, desde que o público pôde voltar a frequentar os estádios.
Agora, o quadricolor precisa atender a estas exigências e submetê-las à vistoria da CBF para que o Augusto Bauer seja oficializado como a casa do clube na Série B. A diretoria considera o Estádio das Nações, em Balneário Camboriú, como o plano B, caso não seja possível. O estádio Orlando Scarpelli e a Arena Joinville ficam em terceiro plano.
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