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Celesc exige kit postinho em novas instalações

Equipamento é mais seguro que as ligações antigas e dificulta “gatos”

Com o objetivo de aumentar a segurança para os clientes e de reduzir o furto de energia elétrica, a Celesc cobra, desde 2015, a instalação do chamado kit postinho nas novas ligações. O custo da sua instalação é de R$ 1,3 mil ou mais, mas, apesar do valor, a adesão tem sido boa, segundo o gerente da agência de Brusque, Pedro Tridapalli.

O kit postinho é uma atualização do padrão antigo. A caixa que abrigava o medidor e era fixada por fitas metálicas passou a ser embutida dentro do poste. Com isso, a fiação, que era canalizada pelo lado externo, agora é interna.

O gerente da Celesc em Brusque diz que o kit é benéfico para a empresa e para o consumidor. “Ele facilita a leitura, e a possibilidade de desvio de energia é diminuída. Tecnicamente, é uma instalação de energia muito boa”.

Esse novo modelo de instalação é o mais usado em Brusque, conforme Tridapalli. O kit postinho é indicado para residências com até três unidades consumidoras – casas geminadas, por exemplo.

A principal vantagem para a companhia de energia é que, com o kit postinho, o famoso “gato” fica mais complicado de ser feito, e a posição do poste também ajuda o leiturista. Antes, era comum as caixas não ficarem acessíveis aos profissionais.

Empresas ou mesmo ligações residenciais com mais de três unidades ou que necessitem de maior potência podem necessitar de outro tipo de instalação. A norma técnica da Celesc também prevê outros modelos, mas é preciso fazer a análise a cada caso.

O kit postinho é obrigatório nas novas ligações solicitadas à Celesc. De acordo com Tridapalli, o valor deles, já instalado, varia de R$ 1,3 mil a R$ 2 mil. Por ser obrigatório, o custo não afugenta os consumidores.

Ligação antiga

Quem já mora ou mudou para uma casa com ligação de energia antiga (com a caixa de metal externa) não precisa, necessariamente, comprar o kit postinho. Segundo o gerente, se a instalação oferecer segurança, ela não precisa ser mudada.

A avaliação de se é preciso mudar ou não a instalação é feita por um eletricista profissional. Ele deve analisar a situação e fazer a instalação. Se houver problema para o kit postinho, como falta de espaço, a Celesc deve ser consultada.

Tridapalli diz que nesses casos, que são exceções, a norma técnica permite alternativas, mas tudo deve ser apresentado pelo eletricista à Celesc. A empresa não faz fiscalização, apenas a vistoria após o kit já devidamente no local.


Esclareça as suas dúvidas

Quais são as mudanças trazidas pelo kit postinho?
Com a adoção do kit postinho, os componentes externos agora são instalados dentro do poste. Ou seja, a caixa que abrigava o medidor e era fixada no poste por cintas metálicas passou a ser embutida, assim como os eletrodutos, que também passaram a ser moldados internamente.


O que o consumidor deve observar na compra do kit?
Os consumidores devem adquirir o kit postinho apenas de fabricantes homologados pela Celesc. A relação completa de fabricantes homologados e suas revendas está no site www.celesc.com.br, na seção Normas Técnicas – Padrão de Entrada.

O kit postinho é formado pelo poste, fiação, caixa para abrigar os medidores, disjuntores, Dispositivo Protetor de Surtos (DPS), haste de aterramento e conectores, além de peças menores.

Os fabricantes homologados devem, obrigatoriamente, fornecer todos esses componentes montados conforme padrões estabelecidos, que devem ser assim disponibilizados aos consumidores nas revendas. Além disso, o kit conforme adquirido não pode ser modificado sem o conhecimento do fabricante, sob o risco de reprova no momento da fiscalização da Celesc.


Como é feita a instalação?
Ao adquirir um kit postinho, o consumidor deve contratar um profissional habilitado para instalação conforme previsto na norma. Feito isso, é preciso solicitar o pedido de nova ligação em uma de nossas lojas de atendimento e aguardar a vistoria. Importante lembrar que o consumidor deverá informar, no momento do pedido de ligação, a capacidade de corrente do disjuntor bem como a relação de equipamentos elétricos com a respectiva carga, além da atividade desenvolvida na futura Unidade Consumidora e os documentos pessoais, incluindo CPF ou CNPJ.


Quais os principais benefícios do novo padrão?

São vários os benefícios, desde a facilidade na compra do kit, que já vem com todos os materiais necessários; a redução do tempo para aprovação do padrão e ligação do consumidor; redução do custo com novas vistorias e do número de reprovas devido à não conformidade do padrão; e também aumento da segurança e da qualidade dos materiais utilizados. Tudo isso gera aumento da vida útil do padrão de entrada, beneficiando tanto a empresa quanto o consumidor.