Celsinho afirma que vai tomar providências sobre ofensas racistas na partida contra o Brusque
Jogador e colegas do Londrina ouviram gritos racistas nos minutos finais do primeiro tempo
Consta na súmula de Brusque 0x0 Londrina que o meia Celsinho voltou a ser vítima de racismo na Série B do Campeonato Brasileiro pelo fato de usar cabelo comprido. De acordo com o documento, por volta dos 45 minutos do primeiro tempo, que um dirigente do quadricolor gritou “vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha.”
Por volta deste minuto da partida, Celsinho e vários colegas do banco de reservas começaram a conversar com a arbitragem, revoltados, enquanto tentavam identificar responsáveis. Várias pessoas presentes na arquibancada responderam gritando para o atleta “jogar bola”, e o clima permaneceu tenso entre jogadores e comissão técnica do Londrina e dirigentes e torcedores convidados do Brusque.
O relato foi confirmado após a partida, quando Celsinho e o diretor de futebol do Londrina, Germano Cardozo Schweger, se encontraram com o árbitro Fábio Augusto Santos Sá Junior para registro em súmula.
Ao repórter Marcelo Siqueira, na transmissão da partida do SporTV, o jogador de 33 anos também criticou a quantidade de pessoas ligadas ao Brusque na partida. Além de membros da diretoria, há diversos convidados de empresas parceiras do Brusque e patrocinadores que assistem aos jogos na arquibancada coberta do Augusto Bauer.
“Não sei se ele faz parte da comissão técnica, da diretoria, um senhor de vermelho no camarote. De fato, eu também não entendo porque tem tantas pessoas assim em um protocolo que não estão liberados os jogos para os torcedores, temos uma quantidade. É lamentável.”
“Mais uma vez, é inadmissível. E pode ter certeza. Uma equipe de porte médio baixo, recém promovida a Série B de Campeonato Brasileiro estar cometendo um ato desses é inadmissível. Mas as providências serão tomadas”, completa Celsinho.
O Brusque pretende se pronunciar sobre o caso neste domingo, 29.
Outros casos
Dois atos de racismo contra Celsinho foram cometidos em julho, em transmissões ao vivo de rádio. Em jogo contra o Goiás, no dia 17 de julho, um narrador e um comentarista da Rádio Bandeirantes Goiânia usaram termos como “negócio imundo” e “bandeira de feijão” para falar do cabelo do meia durante o jogo.
No dia 23 do mesmo mês, um narrador da Rádio Clube do Pará descreveu que Celsinho ia “com seu cabelo meio ninho de cupim para bater na bola.”
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