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Cenário da morte do industrial Ivo Renaux, casarão desperta curiosidade dos moradores da região

Sombra em janela, atribuída à fantasma, causou repercussão

Construída entre 1910 e 1920, a Villa Ida, belo casarão localizado dentro do terreno da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, é um dos mais emblemáticos de Brusque.

O imóvel verde e branco já desgastado pela ação do tempo, é objeto de curiosidade dos brusquenses desde 1949, quando foi o cenário para uma tragédia que repercutiu em todo o país: a morte do jovem industrial Ivo José Renaux.

Em 30 de julho de 1949, ele foi encontrado morto em sua cama no segundo andar da mansão em que vivia com a esposa, Dagmar, e as filhas. As circunstâncias da morte de Ivo nunca foram esclarecidas e, na época, surgiu a dúvida que permanece até os dias de hoje: ele se suicidou ou foi assassinado?

No início, Dagmar foi considerada suspeita, já que os dois mantinham uma relação bastante conturbada e, na noite anterior ao caso, tiveram uma briga. Ela chegou a ser presa, foi levada a julgamento e, por sete votos a zero, foi inocentada da acusação de homicídio. A promotoria recorreu da decisão, mas o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) não acatou o recurso.

Nesta foto, a janela do lado esquerdo está sem reflexo

O famoso mistério que cerca o belo casarão foi tema de livro do brusquense João Carlos Mosimann: Tragédia e Mistério na Villa Renaux e, recentemente, também foi transformado em peça teatral: Ao Som dos Teares, do Grupo Trama.

Recentemente, o grupo Havan adquiriu o patrimônio da Fábrica Renaux, incluindo a Villa Ida. Informalmente a fábrica está aberta a visitação e, assim, a população pode conhecer o local e saciar a curiosidade, principalmente, sobre o casarão.

O local tem recebido um grande número de visitantes, principalmente aos fins de semana, e em postagens no Facebook, pessoas relataram ter visto situações estranhas no casarão.

Uma moradora de Nova Trento esteve no local recentemente. Ela fez várias fotos com a família nas escadarias da Villa Ida e, ao chegar em casa, percebeu algo que a assustou em uma das imagens.

“Eu fui tirar a foto para a minha outra cunhada aparecer também e quando cheguei em casa, fui olhar as fotos, e vi que na primeira foto onde eu estou sentada na escada, não aparece nada na janela, mas na outra foto que eu tirei e minha cunhada aparece, tem uma mancha, mas não tinha ninguém dentro da casa”, diz.

Ela conta que na janela que apareceu a mancha, o vidro está pintado ou adesivado de branco para ninguém ver dentro da casa.

O diretor de criação da Raffcom e especialista em tratamento de imagens, André Weidgenant, avaliou as fotos a pedido de O Município. Para ele, as fotos não foram alteradas digitalmente, entretanto, a mancha que aparece na segunda foto se trata do reflexo de uma palmeira. “A imagem está um pouco em baixa resolução, mas olhando aqui parece ser o reflexo, mesmo”, diz.

A moradora relatou em seu Facebook que esteve no local e que coisas estranhas apareceram em suas fotos e recebeu vários comentários de outras pessoas que estiveram no local e também perceberam coisas estranhas.

Já nesta imagem, aparece uma sombra na janela do lado esquerdo

“Estivemos lá sábado por volta das 19h30 quando estávamos na frente da casa um barulho de algo sendo jogado no chão dentro da casa”, diz um dos relatos.

“Estive lá tempos atrás perto do almoço pensa no barulho de pratos e louças batendo”, destaca outro.

“Minha irmã também foi e também sentiu. Ela bateu muitas fotos, mas não apareceu nada. Chegou em casa toda arrepiada”, diz outro comentário.