X
X

Buscar

Ceops iniciará estudo para as cotas de enchente de Brusque

Convênio foi firmado com a prefeitura em solenidade na Faculdade São Luiz

A partir de janeiro, o Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu (Ceops), órgão ligado à Universidade Regional de Blumenau (Furb), iniciará o trabalho de identificação das cotas de enchente das ruas centrais de Brusque.

O levantamento tem como objetivo dar maior precisão aos estudos já realizados pela Defesa Civil do município no monitoramento e prevenção das cheias do rio Itajaí-Mirim. “Esse estudo já foi feito pela Defesa Civil municipal, e agora só vamos dar um caráter mais técnico e científico, aprimorar o estudo mesmo”, diz o coordenador do Ceops/Furb, Hélio dos Santos Silva.
Deste estudo, serão desenvolvidos dois mapas: o Cota-Enchente e o Carta-Enchente. Para produzir o mapa cota-enchente, será feito o levantamento de campo de todos os cruzamentos e pontos baixos da área central da cidade, baseado nas marcas das enchentes dos anos anteriores. No levantamento, será avaliado também o comportamento do rio Itajaí-Mirim para entender a dinâmica das águas no momento da enchente.
Já a carta-enchente é baseada nos dados coletados em campo e processados no laboratório. Eles vão definir o plano das águas e a cota máxima durante uma cheia. Esses dados serão organizados no sistema de informações geográficas do município. “É um instrumento de planejamento e informação para pessoas que moram em áreas de inundação. É uma ferramenta que cada cidadão tem para acompanhar um evento de cheia, uma vez que existe um sistema de previsão, de alerta, que vai dizer a cada meia hora o nível do rio”, explica Silva.
Além de conhecer as cotas das enchentes e poder se programar com as informações, os moradores também poderão conhecer as rotas de fuga da cidade. “No momento da enchente toda rua é rua, com esse estudo, a população vai ter informações precisas sobre o rio. As rotas de fuga são definidas a partir de uma cota enchente e até quem mora longe da área de cheia vai ser beneficiado com essas informações”, destaca.
Todo o estudo deve levar aproximadamente seis meses para ficar pronto. “A expectativa é de que o levantamento de dados seja realizado pelos próximos quatro meses, sendo necessário dois meses a mais para a formulação dos relatórios. Durante o estudo será importante que as famílias visitadas pelos técnicos da Furb contribuam com informações, pois as marcas da enchente já desapareceram ou foram pintadas em muitas das residências atingidas”, diz Silva.
Após o estudo pronto, a intenção é que as informações sejam disponibilizadas no site da Defesa Civil de Brusque para o acesso de toda população. “A ferramenta estará disponível online e em painel. A divulgação no site poderá ser feita por cota ou diagrama. O importante é que tenha essa base de dados. Com essa base pronta, há várias formas de mostrar esse resultado”.
>> Leia matéria completa na edição desta quinta-feira, 12 de dezembro, do Jornal Município Dia a Dia