X
X

Buscar

Cerca de 25% do grupo de risco ainda não foi vacinado contra a Influenza A em Brusque

Campanha encerra nesta sexta-feira, 20, e, segundo a prefeitura, não será estendida; 11 casos da gripe já foram confirmados

A um dia do encerramento da campanha nacional de vacinação contra a Influenza A, a Prefeitura de Brusque informa que, até ontem, imunizaram-se pouco mais de 75% do grupo prioritário, formado por idosos, gestantes, puérperas (mulheres que deram a luz recentemente), crianças com idade entre seis meses e cinco anos e profissionais de saúde.

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Natália Cabral Marchi, afirma que a campanha não será estendida, e por isso é muito importante que estas pessoas vacinem-se, pois são grupos mais suscetíveis à doença.

Natália destaca, ainda, que é importante as pessoas tomarem cuidados preventivos contra a gripe, como evitar lugares fechados com aglomeração de pessoas, manter hábitos saudáveis, como ter uma boa alimentação e dormir bem.

“Além disso vale lembrar da etiqueta da tosse, quando tossir colocar o antebraço na frente e usar lenços descartáveis”, diz a coordenadora.

Até esta sexta-feira, 20, as salas de vacina das Unidades Básicas de Saúde atendem até as 16h30, e no Centro de Serviços em Saúde é possível se vacinar até as 21h30.

Para se vacinar, é preciso ter em mãos a caderneta de vacinação e um documento de identidade para os profissionais de saúde preencherem o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI).

Novos casos confirmados

A preocupação da Vigilância Epidemiológica com os índices de vacinação se justifica pelos números. Nesta segunda-feira, 16, foram diagnosticados quatro novos casos de Influenza A (H1N1), em Brusque.

Ao todo, já são 11 pessoas contaminadas com o vírus no município; uma delas morreu em decorrência da doença. Por isso, a Vigilância Epidemiológica do município reforça para que a população procure as Unidades Básicas de Saúdes (UBS), para se vacinar.

Além das categorias já listadas no grupo de risco, a vacina também é oferecida a doentes crônicos, que devem apresentar laudo médico.

A alta procura pela vacina, desde o começo do ano, já começa a causar desabastecimento, pelo menos na rede privada. No Hospital e Maternidade de Brusque, a informação repassada pela assessoria é de que não há mais doses disponíveis, após o fim do primeiro lote.

“Não temos previsão de quando vai vir, pois dependemos do laboratório, dependemos da fabricação e está difícil”, afirma a assessora da instituição, Suzane Castro.
Ela explica que o hospital tentou adquirir novos lotes da vacina, antes que acabasse o estoque. No entanto, os laboratórios fabricantes não tinham mais doses e também não informam prazo para regularizar o abastecimento.

No hospital, conforme a assessoria, a procura pelas doses está normal, assim como a procura por outras vacinas, ao contrário dos meses anteriores, quando houve uma busca intensa pela imunização.

Cidmed está vacinando

Cenário diferente vive o Cidmed, que também fornece a imunização contra a H1N1 em Brusque. A administradora Rosângela Zanol explica que, com a queda nas temperaturas, aumentou a procura pela vacina junto à instituição.

“A gente percebe que as pessoas estão procurando bastante, tem aumentado”, ressalta Rosângela.

No Cidmed também havia o risco de desabastecimento precoce, devido à alta procura pelas doses. Porém, conforme a administradora, a entidade realiza a vacinação normalmente, e a expectativa é de que as doses existentes durem até o fim do mês, contemplando todo o período da campanha de imunização.

Conforme a Vigilância Epidemiológica estadual, até o dia 11 de maio foram confirmados 103 casos de H1N1 em Santa Catarina, e 545 casos se encontram em investigação, aguardando confirmação laboratorial.

Até o momento, 21 mortes foram registradas em decorrência do vírus influenza A (H1N1), sete (10,1%) pelo vírus influenza B, e seis se encontram em investigação.