Cerca de 50% de funcionários dos Correios de Brusque continuam em greve

Categoria deve seguir em paralisação pelo menos até o próximo dia 21

Cerca de 50% de funcionários dos Correios de Brusque continuam em greve

Categoria deve seguir em paralisação pelo menos até o próximo dia 21

A greve dos Correios por todo o Brasil continua, com 50% dos funcionários em Brusque ainda parados. O motivo da greve, que começou em 11 de agosto, é tentar garantir os direitos e melhores condições para os trabalhadores, já que o acordo firmado com a empresa encerrou-se em 1º de agosto.

O gerente sindical do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos de Santa Catarina (Sintect-SC), Robson Paladini, o julgamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o dissídio coletivo está marcada para o próximo dia 21, em Brasília.

“Sabemos que a empresa não está com problemas financeiros. Mesmo com a diminuição das correspondências, houve um aumento significativos no e-commerce. Nossa categoria é uma das poucas que continuou trabalhando durante pandemia. Aumentou mais de 35% o faturamento de encomendas, mais de R$ 600 milhões no primeiro semestre. Os Correios não foram criados para gerar lucro, mas, mesmo assim, todos os anos, é superavitário e gera lucro para a União”.

Um acordo coletivo foi feito no ano passado para dois anos, mas a direção da estatal, seguindo orientações do presidente Jair Bolsonaro, descumpriu o acordo.

“Eram para manter todas as cláusulas, mas a empresa descobriu o que foi determinado pelo TST. Eles recorreram, dizendo que só iria acatar por apenas um ano. A empresa empurrou os trabalhadores para a greve, porque ninguém vai querer ter os direitos cortados unilateralmente. É direito dos trabalhadores”.

Caso a categoria tenha resultado favorável, Paladini afirma que a greve deve ser encerrada. Caso contrário, os funcionários devem permanecer parados até conseguirem manter seus direitos.

“Não estamos lutando por aumento de salário, e sim para manter nossos benefícios conquistados com muita luta. Um dos benefícios é um vale-alimentação no fim do ano e um vale-cultura de R$ 50 todo mês. Fora outras cláusulas do acordo, como o auxílio-creche, também para quem tem filhos com deficiência e licença maternidade. A gente quer que se cumpra o que foi determinado no ano passado”.

Em nota, os Correios informaram que na sexta-feira, 11, participaram de audiência de conciliação com as representações sindicais no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília (DF). Como não houve consenso, a ministra Kátia Magalhães Arruda, designada relatora do dissídio coletivo, marcou, para o dia 21, o julgamento da ação.

“Os Correios seguem trabalhando para reduzir os efeitos da paralisação parcial dos empregados. Durante o último fim de semana e feriado de Dia da Independência, os empregados das áreas administrativa e operacional estiveram mais uma vez unidos em prol da manutenção dos serviços da estatal.

Nas últimas quatro semanas, seguindo o plano de continuidade do negócio, já foram mais de 187 milhões de objetos postais, entre cartas e encomendas, entregues em todo o país.

A rede de atendimento segue aberta e os serviços, inclusive o SEDEX e o PAC, continuam disponíveis. As postagens com hora marcada permanecem temporariamente suspensas – medida em vigor desde o anúncio da pandemia.

Para mais informações, os clientes podem entrar em contato pelos telefones 3003-0100 e 0800 725 0100 ou pelo site da empresa.

Desde o início da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021, a empresa tem sido transparente sobre a sua situação econômico-financeira, agravada pela crise mundial causada pela pandemia de Covid-19. Situação, inclusive, que vem sendo reiterada ao TST, que julgará a ação de dissídio.

Os Correios informam que preservaram os empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT, bem como outros benefícios concedidos aos trabalhadores.

A instituição, certa do compromisso dos empregados, aguarda o retorno dos trabalhadores que aderiram à paralisação parcial o quanto antes, cientes de sua responsabilidade para com a população, sobretudo nesse momento em que os serviços da empresa são ainda mais essenciais para pessoas físicas e jurídicas.”


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