Cerca de 60 ocorrências de animais peçonhentos são registradas em Brusque neste ano

Corpo de Bombeiros alerta que casos de ataques de cobras são mais comuns no verão

Cerca de 60 ocorrências de animais peçonhentos são registradas em Brusque neste ano

Corpo de Bombeiros alerta que casos de ataques de cobras são mais comuns no verão

Com a chegada de estações mais quentes, como primavera e verão, a atenção com animais peçonhentos precisa ser triplicada. De acordo com o sargento Alaercio Zermiani, do Corpo de Bombeiros de Brusque, até agora 60 ocorrências que envolvem estes animais foram registradas no município, neste ano.

São na maioria com cobras venenosas, as mais comuns são jararaca e jararacuçu. Mas o número também também engloba acidentes com aranhas, escorpiões, entre outros animais venenosos. 

Segundo dados do Corpo de Bombeiros, somente no mês de novembro, foram dez casos desses acidentes. A maior quantidade foi em março, com 12 ocorrências, e em janeiro, também com dez. 

Zermiani explica que os meses mais quentes são épocas de acasalamento e procriação de cobras. É quando elas costumam sair dos ninhos em busca de um parceiro. 

Contudo, segundo o sargento, nem todas as cobras são peçonhentas. Muitas outras espécies têm função importante no controle de roedores e baratas. Por isso, a indicação é não matar o animal, caso ele não ataque.

“Na dúvida, chame atendimento especializado. Em situações de grande risco, precisa-se tomar uma atitude. Em caso de cobras, é mais seguro estar em uma distância de um terço do tamanho do corpo do animal, pois é o limite do bote”, indica. Em caso de emergência, ligue para os bombeiros no 193.

Corpo de Bombeiros/Divulgação

Acidentes diversos

Em Brusque, é comum encontrar dois tipos de aranhas peçonhentas: a marrom e a armadeira, ou macaca. De acordo com Zermiani, ambas são distintas e agem de formas diferentes. 

As aranhas armadeiras, por exemplo, podem pular até dois metros de distância para o ataque. “Elas são agressivas. O mais correto, em qualquer caso, é evitar contato e chamar o socorro, os bombeiros”, alerta.

Além disso, apesar de menor, a aranha-marrom é uma das mais venenosas e requer cuidados. Esta normalmente pica quando é comprimida contra o corpo.

Em todo caso, Zermiani explica que não há época do ano com mais casos de aranhas, pois elas são ativas em todos os meses.

Quando fala de escorpiões, o sargento conta que teve incidências na localidade Nova Itália, em Brusque, e em Guabiruba. Podem ser encontrados escorpiões amarelos e os marrons, o Tityus bahiensis.

“Escorpiões são diurnos e noturnos, aqui na região é mais comum à noite. Eles não hibernam. Apesar disso, as ocorrências são menores”, diz.

Locais de alerta

Lugares próximos de áreas de matas ou com acúmulo de lixo, com entulhos, são mais propícios de encontrar animais peçonhentos, principalmente cobras. 

De acordo com Zermiani, elas procuram locais quentes, úmidos e com muita alimentação para se estabelecerem e até para criarem ninhos, ideais para a procriação. 

“São depósito de lixo, com papelão e acúmulos, onde tem criação de ratos, baratas e lagartixas. As cobras, quando são filhotes, vão atrás de insetos, e quando adultas vão atrás das ratazanas”, conta. 

De resto, em matas, cobras e outros animais venenosos aparecem com mais frequência. Cuidados diários precisam ser praticados. 

Neste ano, em Brusque, o Corpo de Bombeiros atenderam ocorrências em 22 bairros. No Azambuja e Souza Cruz são contabilizados o maior número de casos, ambos com seis.

Dicas práticas

Zermiani lista duas ações que podem evitar acidentes com animais peçonhentos. A principal é não colocar um calçado diretamente, pois o animal pode estar dentro dele. Ainda mais quando este fica exposto em local aberto. Antes de colocá-lo, o ideal é bater o sapato, tênis ou bota, virado para baixo e afastado do corpo, sem colocar as mãos dentro.

Outro cuidado eficiente é fazer limpeza em torno da residência. Quanto menos entulho e mais tratamento contra ratos e baratas, menor é a probabilidade de encontro com esses animais.

O sargento destaca que, em locais próximo de matas, o ideal é criar uma área limpa, de um metro e meio de largura, entre o muro da residência com a área da mata.

“Na parte limpa eles são mais fáceis de serem visualizados e evitam passar por ali. Além de evitar o acúmulo de sujeiras”, indica.

Em caso de picadas

Enquanto a emergência não chega, o Ministério da Saúde indica ações para serem feitas em caso de picadas de cobras venenosas.

O que fazer em caso de picada de serpente:

• Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão.
• Manter o paciente deitado.
• Manter o paciente hidratado.
• Procurar o serviço médico mais próximo.
• Se possível, levar o animal para identificação.

O que NÃO fazer em caso de acidente com serpente:

• Não fazer torniquete ou garrote.
• Não cortar o local da picada.
• Não perfurar ao redor do local da picada.
• Não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes.
• Não beber bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos.

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