Cerca de 70% dos trabalhadores dos Correios continuam em greve em Brusque

Prioridade são para entregas via Sedex

Cerca de 70% dos trabalhadores dos Correios continuam em greve em Brusque

Prioridade são para entregas via Sedex

Iniciada na semana passada, a greve dos Correios em Brusque atinge 70% dos trabalhadores do Centro de Distribuição da empresa, de acordo com o gerente sindical do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos de Santa Catarina (Sintect-SC), Robson Paladini.

O movimento na cidade iniciou com mais de 90% de adesão, entretanto, alguns trabalhadores voltaram às atividades ao longo dos dias. “Vamos conversar com esses trabalhadores para fortificar o movimento”, diz.

Atualmente, o Centro de Distribuição de Brusque conta com 40 trabalhadores.

Segundo Paladini, a prioridade dos Correios em Brusque e em todo Brasil durante o período de greve, é para a entrega de encomendas via Sedex. Cartas e outros tipos de encomendas acabam ficando em segundo plano.

As três agências dos Correios da cidade – no bairro Santa Rita, em frente ao estádio Augusto Bauer, e na avenida Beira Rio –  estão abertas e funcionando normalmente, de acordo com o gerente sindical.

Paladini destaca que o movimento está crescendo em todo o estado. Os funcionários dos Correios em São João Batista e Navegantes entraram em greve na segunda-feira. 

O gerente sindical ressalta que a greve não tem como objetivo o reajuste salarial, mas sim, melhores condições de trabalho para os funcionários, principalmente relacionadas à pandemia da Covid-19.

“A nossa greve é para manter os direitos conquistados. Nosso acordo coletivo terminou em 1 de agosto e temos que firmar novo acordo. Não entramos em consenso com a direção da empresa, que quer nos tirar direitos. Não estamos pedindo aumento salarial, apenas que se mantenha o acordo coletivo do ano passado”, afirma.

O representante do sindicato em Brusque lembra que no Centro de Distribuição do município, três funcionários testaram positivo para a Covid-19. De acordo com ele, a empresa não quis fazer teste nos demais funcionários. O sindicato, então, custeou os testes e foi detectado mais um trabalhador assintomático com a doença.

“A empresa está sendo negligente nesta parte. Só queremos trabalhar com segurança, e não colocar a vida dos nossos familiares e também da população em risco”.

Paladini pede o apoio da população aos trabalhadores e também alerta para as notícias falsas relacionadas à greve e aos Correios. “Tem muitas notícias circulando dizendo que os Correios dá prejuízo, mas somos uma empresa autossustentável, não tem dinheiro do contribuinte”.

Nesta terça-feira, 25, a empresa informou que como não houve acordo com os grevistas, decidiu entrar com ação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que o conflito seja solucionado.

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