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Cesta básica de Brusque apresenta 13° maior preço no mês de julho, diz pesquisa

No mês de julho, trabalhador precisou comprometer mais de 50% da remuneração para adquirir mantimentos

Cesta básica de Brusque apresenta 13° maior preço no mês de julho, diz pesquisa

No mês de julho, trabalhador precisou comprometer mais de 50% da remuneração para adquirir mantimentos

A cesta básica da cidade de Brusque apresentou o 13° maior preço no mês de julho, entre as 18 cidades onde a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) é realizada, custando R$ 623,27. A cesta teve uma queda -1,39% em relação ao mês de junho.

A pesquisa é realizada em Brusque por iniciativa do Fórum das Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região, em parceria com o Dieese e com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Brusque (Sintrafite).

Em julho de 2023, o trabalhador de Brusque, remunerado pelo salário-mínimo de R$ 1.320, considerando o salário-mínimo líquido (R$ 1.221,08), após o desconto de 7,5% da Previdência Social, precisou comprometer 51,04% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.

Entre os itens da cesta, os alimentos que mais aumentaram de preço no mês no município foram o tomate (3,84%), feijão (2,96%), óleo (0,92%) e pão (0,79%). Já os que diminuíram de preço foram a batata (-13,22%), manteiga (-8,94%), café (-3,76%), banana (-3,08%), arroz (-2,12%), farinha de trigo (-1,79%), leite (-0,87%), carne (-0,86%) e açúcar (-0,24%).

Cesta Básica nas capitais

Conforme dados do Dieese relacionados às 17 capitais onde a pesquisa é realizada, entre junho e julho de 2023, as quedas mais importantes ocorreram em Recife (-4,58%), Campo Grande (-4,37%), João Pessoa (-3,90%) e Aracaju (-3,51%). A variação positiva foi observada em Porto Alegre (0,47%); e, nas demais cidades, houve relativa estabilidade, Salvador (0,03%), Brasília (0,04%) e Fortaleza (0,05%).

Porto Alegre foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 777,16), seguida de São Paulo (R$ 769,95), Florianópolis (R$ 746,66) e do Rio de Janeiro (R$ 738,12). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 547,22), João Pessoa (R$ 581,31), Recife (R$ 592,71) e Salvador (R$ 596,04).

Com base na cesta mais cara, que, em julho, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em julho de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.528,93 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.320.

Confira o ranking da pesquisa

Regiões

Valor da cesta

Variação mensal (%)

Porcentagem do Salário Mínimo Líquido

Tempo de trabalho

Variação no ano

(%)

Variação em 12 meses

(%)

Porto Alegre

777,16

0,47

63,65

129h32m

1,51

3,23

São Paulo

769,95

-1,67

63,06

128h20m

-2,70

1,25

Florianópolis

746,66

-3,22

61,15

124h26m

-2,93

-0,94

Rio de Janeiro

738,12

-0,39

60,45

123h01m

-1,94

1,99

Campo Grande

698,31

-4,37

57,19

116h23m

-6,17

-1,23

Curitiba

690,31

-1,56

56,54

115h03m

-1,20

0,22

Brasília

687,58

0,04

56,31

114h36m

-5,65

-2,32

Vitória

674,54

-2,43

55,24

112h25m

-7,44

-3,74

Fortaleza

661,50

0,05

54,18

110h15m

1,15

3,12

Goiânia

657,71

-1,74

53,87

109h37m

-6,66

-2,26

Belo Horizonte

652,78

-0,49

53,46

108h48m

-6,25

0,11

Belém

650,42

-1,44

53,27

108h24m

1,72

2,73

Brusque

623,27

-1,39

50,99

103h53m

1,49

Natal

613,64

-2,95

50,26

102h16m

5,01

4,44

Salvador

596,04

0,03

48,82

99h20m

4,44

1,62

Recife

592,71

-4,58

48,54

98h47m

4,89

-3,88

João Pessoa

581,31

-3,90

47,61

96h53m

3,47

1,52

Aracaju

547,22

-3,51

44,82

91h12m

5,02

0,87

 

Cesta x salário mínimo

Nacionalmente, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica passou de 113 horas e 19 minutos, em junho, para 111 horas e 08 minutos, em julho. Já em julho de 2022, a jornada média foi de 120 horas e 37 minutos.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em julho de 2023, 54,61% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em junho, 55,63%. Em julho de 2022, o percentual ficou em 59,27%.

Em Brusque, a comparação entre o custo da cesta e o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5%, referente à Previdência Social, mostra que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em julho de 2023, 51,04% do rendimento líquido para adquirir os produtos alimentícios básicos. E em junho, 51,77%, tendo uma variação de -1,39%. O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 103h53min.

Comportamento dos preços dos produtos em Brusque:

• Na pesquisa realizada em Brusque, o feijão apresentou aumento de 2,96% em comparação com o mês anterior, registrando média de R$ 6,95/kg;
• O preço médio da carne no município também apresentou queda, com diminuição de 0,86% em relação a junho;
• O preço do quilo da batata diminuiu em quase todas as cidades da pesquisa, entre junho e julho. Em Brusque também houve queda, com diminuição de 13,22% em relação a junho;
• O preço do óleo de soja baixou em 14 das 17 capitais. Em 12 meses, o movimento foi de diminuição em todas as cidades;
• O preço do leite integral diminuiu em 14 capitais. Em 12 meses, houve uma diminuição em todas as cidades. O final da entressafra e a menor demanda diminuíram o valor do leite integral no varejo;
• No mês de julho, o preço do quilo da farinha de trigo baixou em Brusque. O Município acompanhou a queda nas capitais do Centro-Sul, com diminuição de 1,79%. Já o pão, que teve um aumento em 13 cidades, apresentou, em 12 meses, uma variação acumulada positiva. Em Brusque, o pão teve um aumento de 0,79%.

Confira quanto tempo de trabalho é necessário para adquirir os alimentos presentes na cesta:

Tabela com tempo que o trabalhador remunerado com salário mínimo precisa para adquirir alimento básico. Foto: Reprodução
  • Salário mínimo nacional: R$ 1.320,00
  • Salário minimo nacional Líquido: R$ 1.221,08
  • Relação cesta básica / salário mínimo: 51,04%

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