Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Cesta básica sobe 18,53% em Brusque no mês de dezembro

Valor chega a R$ 471,98, o sétimo maior entre 18 cidades pesquisadas pelo Dieese

O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que a cesta básica disparou em Brusque no mês de dezembro, influenciada principalmente pela carne. O valor da cesta subiu 18,53% e chegou a R$ 471,98.

Brusque ficou em sétimo lugar no ranking das cestas básicas mais caras do país, no levantamento que foi feito em 18 cidade. A liderança é do Rio de Janeiro (R$ 516,91), seguido por Florianópolis (R$ 511,70). A cesta básica mais barata foi registrada em Aracaju (SE), a R$ 351,97. 

Comparando os valores da cesta em dezembro e em janeiro do ano passado, o aumento ficou em quase R$ 100, uma vez que o custo era de R$ 381,90 em janeiro de 2019.

Carne é a vilã

A principal responsável pela alta das cesta básica foi a carne, que ficou 24,87% mais cara no mês de dezembro. A banana também teve forte valorização, de 14,56%. Também registraram alta produtos como batata (7,11%), feijão (4,17%), pão (1,70%), manteiga (1,89%) e açúcar (1,65%).

O produto que mais ajudou a segurou o valor da cesta foi o tomate, que no período teve queda de 4,80%. A pesquisa registrou diminuição nos preços também do café (-3,63%), arroz (1,13%) e farinha de trigo (0,96%).

Tempo de trabalho

Com o aumento do valor, a cesta básica de Brusque ultrapassou pela primeira vez em 2019 a barreira de 50% do salário mínimo. Ela fechou o ano representando 51,40% dessa remuneração. Segundo o Deese, em dezembro, foram necessárias 104 horas de trabalho para adquirir a cesta. 

Todo mês o departamento faz uma estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para atender as necessidades básicas de um trabalhador e sua família levando em conta os itens estabelecidos na Constituição, como saúde, educação, moradia, alimentação, etc. Em Brusque, no mês de dezembro, esse salário mínimo deveria ser de R$ 4.342,57, de acordo com o Dieese.