CF2017: Bioma da Mata Atlântica
A CF2017 nos convida a uma reflexão e uma ação sobre os Biomas da realidade ecológica brasileira. Esta se compõe de seis biomas. São eles: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântida e Pampa. Hoje, vamos dar uma atenção especial ao bioma da Mata Atlântica, nossa “moldura” geográfica e ecológica. Portanto, nosso “habitat” natural, onde estamos […]
A CF2017 nos convida a uma reflexão e uma ação sobre os Biomas da realidade ecológica brasileira. Esta se compõe de seis biomas. São eles: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântida e Pampa. Hoje, vamos dar uma atenção especial ao bioma da Mata Atlântica, nossa “moldura” geográfica e ecológica. Portanto, nosso “habitat” natural, onde estamos inseridos. Como era e como é?
A Mata Atlântica abrangia uma área equivalente a 1.315.460 quilômetros quadrados e estendia-se originalmente por 17 estados. Hoje restam 8,5% de remanescentes florestais. Atualmente, somados todos os fragmentos de floresta acima de 03 hectares, temos 12,5% da sua área original. Das 633 espécies de animais ameaçados de extinção no Brasil, 383 ocorrem na Mata Atlântica.
Desde o descobrimento do Brasil a Mata Atlântica vem sendo destruída. O pau-brasil, característico dela, foi o principal alvo da extração e exploração daqueles que colonizavam o Brasil. Os relatos antigos falam de uma floresta aparentemente intocada, apesar de habitada por vários povos indígenas. Hoje a concentração urbana, neste bioma, abriga a maioria das capitais litorâneas e regiões metropolitanas. Nestas regiões, o saneamento básico ainda é um sonho para muitos.
Hoje, é o bioma brasileiro mais descaracterizado. Descaracterização operada pela presença e atuação dos que ocuparam essa região, por meio da colonização e dos ciclos de desenvolvimento do país, destruindo parte considerável de sua riqueza.
Vivem na Mata Atlântica mais de 220 mil espécies de plantas, sendo 8 mil endêmicas (que existe somente em uma determinada área ou região geográfica); 270 espécies conhecidas de mamíferos; 992 espécies de aves; 197 répteis; 372 anfíbios; 350 peixes.
Originalmente, aqui viviam povos indígenas. Entre eles podem ser elencados: os povos Tamoio, Temininó, Tupiniquim, Caetés, Tabajara, Potiguar, Pataxó e Guarani ocupavam esse imenso território litorâneo. Foram eles os primeiros a sofrerem com a chegada dos colonizadores. Os brancos além de espalhar doenças, usaram os índios como escravos e soldados nas guerras.
A falta de consciência ecológica tem provocado a degradação do meio ambiente. A ausência do saneamento básico é outra grave ameaça. Grande parte dos esgotos das residências de áreas urbanas e rurais é despejada diretamente nos rios, no mar e nos mangues.
A falta do comprometimento político em relação ao uso e ao cuidado da água tem gerado consequências sentidas pela população, nestes últimos anos, com a baixa do espelho d´água em muitos reservatórios (represas) e consequente racionamento do líquido da vida.
Com a chegada dos primeiros missionários jesuítas e outras ordens e congregações religiosas iniciou-se a evangelização, a construção de conventos e colégios. A Igreja esteve sempre presente alertando para o respeito com a dignidade do indígena e de sua cultura. Sua atuação pastoral está presente, com suas pastorais, com atuação em diversos segmentos da sociedade, promovendo a vida, nas várias instâncias em que ela é ameaçada. Mas, temos muita coisa por fazer para não degradar ainda mais nosso bioma da Mata Atlântica. O que você está realizando?