Chamados a construir um projeto de vida e de amor
Cada ano, dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio de Pádua ou Santo Antônio de Lisboa (para os portugueses), celebra-se e se festeja O Dia dos Namorados. Poucos, porém, se perguntam por que se colocou, culturalmente, esse tempo de namoro? Certamente, as respostas são variadas. Acredito que uma das mais sensatas, senão […]
Cada ano, dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio de Pádua ou Santo Antônio de Lisboa (para os portugueses), celebra-se e se festeja O Dia dos Namorados. Poucos, porém, se perguntam por que se colocou, culturalmente, esse tempo de namoro? Certamente, as respostas são variadas. Acredito que uma das mais sensatas, senão a mais, é porque o casamento é uma vocação. Um chamado. Um chamado que brota, segundo a visão dos que creem em um Deus Criador de tudo, da própria da natureza do ser humano. Homem e mulher tem dentro de si, como um dom, a tendência a não ficar sós, mas buscar a companhia de um companheiro para constituir uma família.
É um “eu” (feminino) que tende para um “tu” (masculino) para formar um “nós”, comunidade de vida e de amor. Não se trata de algo pronto, pré-determinado, um “destino” (como alguns pensam). Mas, de um “chamado” natural, espontâneo que pede uma “resposta”. Esta “resposta” é dada, por meio de um “tempo” que convencionou denominar “namoro”. Namoro nada mais é do que um tempo razoável para um conhecimento recíproco, vivido em clima de escuta mútua e diálogo, para certificar-se se, de fato, se sentem e percebem, com razoável clareza, que serão aptos e preparados para a construção de um “nós”, uma comunidade. Uma comunhão de vida e amor.
Para quem tem e vive a fé cristã, Deus é o autor matrimônio. A vocação ou o chamado para o matrimônio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, desde sua criação. Por isso, o matrimônio não é uma instituição simplesmente humana, apesar das variações que sofreu nas diversas Culturas, ao longo da História. Essas variações não tiraram o essencial ou os traços comuns e permanentes. Mudam os estilos e maneiras desta preparação. Em todas elas, porém, está sempre presente um certo sentido de grandeza da união conjugal. Por isso, há festa, comemoração com outras comunidades de vida e de amor, as famílias.
O tempo de namoro que visa a construção do matrimônio e uma família não pode ser improvisado ou sem uma devida preparação. O namora é esse tempo. Por isso é uma escola de amor. Toda escola que se presa tem um projeto e um conteúdo a executar. O casal que quer construir um casamento e uma família tem que ter presente a resposta a essas duas perguntas: 1ª – Que projeto de casamento e família, queremos construir?
2ª – Com que meios, queremos construir o casamento e a família?
As duas respostas têm que contemplar critérios, como beleza física, características psicológicas, posição social, profissão, situação financeira, filhos, vida social, espiritualidade e outros segundo o tipo de projeto a construir. Não basta um ou dois, é necessário um leque de critérios. Sem dúvida, um dos fundamentais é a escolha e eleição do companheiro (a). Aqui, está uma das causas de separações e muitos divórcios.
Namoro não é “piquenique”, passatempo, coleguismo, camaradagem… é tempo de escolha e eleição de alguém como companheiro para o resto da vida. Uma boa escolha e uma opção madura, equilibrada, responsável penso que é meio caminho andado na construção de um projeto de vida e de amor que é o casamento e a família.
Saúdo e cumprimento todos os namorados. Não copiem ninguém, mas levem em conta os belos testemunhos de casais que vivem, com limitações, o casamento e a família, segundo o Plano do Criador. Existem sim!