Chuvas de meteoros poderão ser vistas a olho nu em Brusque
Duas chuvas de meteoros acontecem em outubro e novembro deste ano
Duas chuvas de meteoros acontecem em outubro e novembro deste ano
Durante os meses de outubro e novembro, acontecerá duas chuvas de meteoros que poderão ser vistas a olho nu em Brusque, indica o astrônomo Silvino de Souza.
Souza que também é diretor do Observatório Astronômico de Brusque, destaca que a primeira chuva acontece na constelação de Orion, popularmente conhecida como as Três Marias. A chuva é chamada de Orionídeos, visível de 2 de outubro a 7 de novembro.
O pico máximo da chuva é previsto para o dia 21 de outubro, com taxa estimada de 20 a 30 meteoros por hora. De acordo com o astrônomo, para observar os Orionídeos deve-se olhar para o céu a partir das 22h na direção leste, do mesmo lado que nasce o Sol.
Segundo Souza, os Orionídeos são fragmentos deixados pelo cometa Halley, que passa a cada 75 ou 76 anos pela órbita da Terra. A última vez que o cometa visitou o planeta foi 1985 e 1986, e voltará novamente em julho de 2061.
Entre 6 a 30 de novembro, haverá uma segunda chuva de meteoros, com pico máximo previsto para a madrugada de 17 de novembro. A segunda chuva é conhecida como Leonídeos, pois partem da constelação zodiacal de Leão. Os Leonídeos são associados ao cometa Tempel, que passa pela Terra a cada 33 anos.
Para observar o fenômeno, é necessário procurar locais longe da iluminação das cidades. Por volta da meia noite, deve-se olhar para o leste, do mesmo lado do nascer do Sol. Um pouco à esquerda, voltado para o norte, estará nascendo a constelação de Leão. Esse é local onde se dará a chuva de meteoros.
Souza informa que as chuvas de meteoros geralmente estão associadas a cometas. Ao passarem pela órbita da Terra, vão alargando sua trajetória em muitos fragmentos, nomeados como bólidos. Podem ser pequenos grãos de poeira, do tamanho de um grão de feijão, e os maiores não passam do tamanho de um punho, e se tornam mais brilhantes.
Os bólidos são visíveis somente quando entram em atrito com a alta camada da atmosfera da Terra, onde ficam incandescentes e queimam. O astrônomo explica que como a luz viajar mais rápido parece que eles caem na Terra. Porém, isso é difícil de acontecer, pois são muito pequenos e se desintegram totalmente.
Souza ressalta que “a olho nu será um belo espetáculo, pois esses meteoritos deixam rastros luminosos e muito brilhantes”.
O astrônomo destaca que como os meteoritos são pequenos, não há nenhum tipo de risco aos habitantes da Terra. Porém, pode oferecer riscos aos satélites que estão em órbita e a Estação Espacial Internacional.