Ciclismo BMX: Vivendo grande temporada, brusquense luta para chegar às Olimpíadas
Guilherme Ribeiro é o atual campeão brasileiro de BMX Racing e disputa competições internacionais regularmente
Atual campeão brasileiro de BMX na categoria Elite, o ciclista brusquense Guilherme Ribeiro está na disputa por uma vaga nas Olimpíadas de Paris em 2024. Após o título nacional conquistado em julho, o piloto disputou o Campeonato Mundial da modalidade, realizado em Glasgow, capital da Escócia. Em outubro, Ribeiro estará na Argentina, para disputas de etapas da Copa do Mundo de BMX Racing.
“No Campeonato Brasileiro, já tive bronze, prata e, neste ano, consegui o ouro. Tenho vindo numa crescente muito boa, após algumas quedas nas competições internacionais. [Um tempo antes], não consegui fazer as pontuações necessárias e acabei perdendo algumas convocações à Seleção. Mas no final, tudo valeu a pena. Fui campeão brasileiro, é algo que eu estava buscando há um bom tempo”, comenta.
Aos 24 anos, Guilherme Ribeiro integra a Seleção Brasileira de BMX Racing. O Mundial de Glasgow foi o segundo com participação do brusquense. Desta vez, ele chegou às oitavas de final. Tem participado com frequência das principais competições internacionais, como as etapas da Copa do Mundo e campeonatos latino-americanos.
Para chegar às Olimpíadas, é necessário que o Brasil, atual 11º colocado do ranking, assuma uma posição entre os 10 primeiros países. Do sétimo ao décimo, apenas um ciclista tem vaga. Ribeiro é o terceiro colocado entre os brasileiros e está vivo na disputa. Competições internacionais que fazem parte da classificação aos Jogos Olímpicos serão realizadas até o primeiro semestre de 2024. “Tem bastante coisa a acontecer. Não está perdido, não é impossível.”
Em 2022, Guilherme Ribeiro obteve medalha de ouro nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Foi o primeiro ouro conquistado por Brusque no BMX da competição estadual.
Início na infância
O piloto começou a levar a modalidade a sério a partir de 2007, com as primeiras competições. Ele teve influência do pai, que competia em corridas de moto. Com sua primeira bicicleta, já brincava imaginando circuitos no quintal da casa de sua vó.
“Com dois, três aninhos, tinha um triciclo. Com quatro, cinco, meu pai me deu uma bike com rodinhas. (…) Eu fazia um percurso pela casa e, passando por um pé de limão, tinha uma raiz exposta. Eu passava por cima e a bike saltava. Vestia uma capa do Batman ou do Super-Homem e via que quanto mais rápido eu passava pela raiz, mais a capa subia e batia”, recorda-se.
Bolsa-atleta
Desde a infância vivendo a prática do ciclismo em geral e do BMX, o brusquense vem representando a cidade em competições há cerca de três anos, com apoio da bolsa-atleta municipal.
“Acho que não só eu, como os demais que vêm da base, já teriam aberto mão, desistido [sem a bolsa-atleta]. Você começa a ganhar um dinheirinho, começa a conseguir se virar, já não depender de pedir dinheiro para o pai e para a mãe. A maioria dos atletas para porque não ganham dinheiro, as coisas apertam e é necessário outro trabalho. É isso que acontece quando uma pessoa não é de sorte, herdeira. Conheço pilotos muito, muito bons, que pararam por conta disso.”
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