Cidades de SC têm mobilização em prol de mulher submetida a trabalho análogo à escravidão
Sônia Livre 1
Passou quase desapercebida pela mídia catarinense, uma mobilização, sábado, em diversas cidades de SC, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-SC), alusiva ao Dia Internacional da Mulher. Teve como tema central “Sônia Livre”, uma homenagem a Sônia Maria de Jesus, mulher negra e com deficiência auditiva que foi submetida a mais de 40 anos de trabalho análogo à escravidão na casa do desembargador do TJ-SC Jorge Luiz de Borba, em Florianópolis.
Sonia Livre 2
Sonia foi resgatada por auditores fiscais do trabalho em junho de 2023, mas, surpreendentemente, teve sua libertação revogada dois meses depois pelo Superior Tribunal de Justiça, sob alegação de “insuficiência de provas”. Assim, foi autorizada a voltar para a casa dos patrões. O caso ganhou repercussão nacional e internacional e foi classificado pelo Ministério Público do Trabalho como o primeiro “desresgate” registrado desde o início do combate moderno ao trabalho escravo no Brasil, em 1995. O processo de Sônia continua parado, aguardando que a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal o inclua na pauta deste ano.
Virgindade
Túnel do tempo: a catarinense Ingrid Migliorini, que virou sensação na internet no fim de 2012 depois de tentar fazer um leilão virtual de sua virgindade por US$ 780 mil, que não deu certo, fez escola. Esta semana, um ator de Hollywood comprou a virgindade de uma estudante britânica de 22 anos, por R$ 10 milhões. Agora, ela quer se tomar uma sugar baby, assim chamadas as mulheres que se relacionam com homens velhos ricos por dinheiro.
Macrodrenagem
O colunista Lauro Jardim, de “O Globo”, que parece ter fixação por Balneário Camboriú, noticiou o início, anteontem, de uma das maiores obras de macrodrenagem do país, com custo de R$ 53 milhões. Envolve a instalação de tubulação para aumentar a velocidade de escoamento de água que deveria ter sido feita em paralelo ao alargamento da faixa de areia da Praia Central, concluído em 2021. Só que o prefeito anterior, Fabrício Oliveira (PL), deixou de lado.
Expansão
A Shein, companhia chinesa varejista global de moda, beleza e lifestyle está anunciando um plano de expansão da plataforma para o Brasil em mais cinco Estados em 2025, dentre eles SC, que diz ser um dos primeiros focos no primeiro trimestre. Até o fim deste mês espera atingir mil comerciantes no Estado, com foco inicial nas cidades de Blumenau, Joinville, Florianópolis, Brusque e Itajaí.
Ciclovias
No ano passado as capitais brasileiras alcançaram impressionantes 4.106,81 km de ciclovias e ciclofaixas, representando um aumento de 7,3% em relação a 2023. São Paulo lidera, com 710 km, seguida por Basilia, 551, Fortaleza, 443 e Rio de Janeiro, 316. Anos atrás Florianópolis estava entre as primeiras no quesito entre as capitais; atualmente está 8º lugar, com 142 km.
Reversão
O procurador-geral de Justiça de SC, Fábio de Souza Trajano, entregou ao coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, o deputado federal Valdir Cobalchini (MDB), ofício pedindo apoio dos parlamentares do Estado no Congresso para reverter a surpreendente suspensão da parceria, que vinha desde 2002, entre a Polícia Rodoviária Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Os policiais rodoviários federais que atuavam na força-tarefa retornaram às suas lotações. No ofício Trajano diz que sem a parceria o combate ao crime organizado poderá ser muito impactado em SC.
Cultura de respeito
Está quase pronto para votação em plenário importante projeto de autoria da deputada federal Ana Paula Lima (PT-SC), que institui em todo o País o selo “Pessoa com Autismo a Bordo”, para identificar veículos que transportem pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). O objetivo é conscientizar a sociedade e orientar sobre a forma de agir em situações de crise ou risco que envolvam tais pessoas.
Há esperanças
Ainda há esperanças diante do tenebroso festival de impunidade que assola este infeliz país, patrocinado principalmente pela sua corte suprema. A Procuradoria Geral da República, que infelizmente tem explicitado um viés ideológico em suas deliberações, deu uma dentro: recorreu da assombrosa decisão do ministro “supremo” Antônio Dias Toffoli, que anulou, numa única canetada, de forma monocrática, condenações da Operação Lava-Jato contra o corruptíssimo confesso Antônio Palocci, ex-ministro de Lula.