Circulação de crianças indígenas aumenta e chama atenção no Centro de Brusque

Jocimar Santos, secretário de Desenvolvimento Social explica a situação

Circulação de crianças indígenas aumenta e chama atenção no Centro de Brusque

Jocimar Santos, secretário de Desenvolvimento Social explica a situação

Pelas ruas do Centro de Brusque durante a semana é possível encontrar integrantes de uma comunidade indígena comercializando artefatos e peças de artesanato.

Porém, além da presença delas e dos itens que estão disponíveis para vender, o que tem chamado a atenção de parte da população são as crianças que acompanham as mães durante o dia.

Leitores tem questionado o jornal O Município e têm dúvidas se elas estão ou não em situação de vulnerabilidade, e se há assistência por parte da Prefeitura de Brusque.

Orientação

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social de Brusque, Jocimar Santos, a Prefeitura de Brusque já realizou as orientações e intervenções necessárias para os cuidados das mães e crianças indígenas que atuam no município.

“O grupo de assistência social já conversou com eles. Inclusive, já colocamos uma família indígena inteira para ficar no nosso espaço social, o albergue. Todas as famílias indígenas que atuam no comércio de rua em Brusque sabem que, se precisarem de qualquer coisa, podem contar com a gente”, diz Santos.

As crianças

Sobre a venda dos artefatos nas calçadas de Brusque e o auxílio das crianças nas vendas o secretário explica que não há como impedir.

“Eles (indígenas) são amparados por uma lei federal. Eles possuem o direito de comercializar os artefatos e objetos de artesanato livremente. É cultural a presença das crianças com as mães durante esse processo”.

Visão de mãe

Uma mãe indígena, que não quis se identificar, explica que a cultura é muito importante no processo de formação da criança e que, embora tudo possa ser visto como situação de vulnerabilidade, não são moradores de rua.

“Meu marido me busca no fim da tarde. Eu fico com as crianças durante o dia inteiro. Tem uma parte da população que nos ajuda, comprando nossos artesanatos ou com trocos e moedas. Não estamos aqui necessariamente para pedir esmola, mas sim para tentar vender um pouco da cultura que ainda nos resta”, diz.

Jocimar compartilha da fala da mãe e deixa claro que as famílias indígenas não são moradores de rua, a maioria possui moradia e muitas vezes locomoção.

“Em qualquer momento em que uma criança ou família estiver passando por um estado crítico de vulnerabilidade, estaremos aqui para ajudar”, finaliza o secretário.


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