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Enchente no Vale do Itajaí que matou 49 pessoas completa 37 anos

Foto: nome em anexo à foto

Aquele começo de julho de 1983 foi de dificuldades e muita angústia para a população do Vale do Itajaí. No dia 6 daquele mês, teve início a chuva forte na região e uma das cidades mais atingidas foi Blumenau.

Rua Paraíba em Blumenau/Foto: Dieter Hüskes

O rio Itajaí-Açu atingiu pico máximo de 15 metros, sendo que por 5 dias seguidos, o nível permaneceu acima dos 11 metros nesse município.

A enchente de 1983 matou 49 pessoas e deixou 197.790 mil desabrigados em 90 municípios catarinenses, segundo dados da Defesa Civil do estado. Para se ter uma ideia da dimensão da tragédia, a Prefeitura de Blumenau ficou completamente ilhada.

Prefeitura de Blumenau na foto registrada por um membro da família Marx.

Muitas casas foram arrastadas, pessoas tiveram que se abrigar em sótãos, em marquises. Faltou água e comida. No centro ou nos bairros, o cenário era desolador.

Não havia energia, água potável ou telefone. Quem podia, ajudava. Conforme a Defesa Civil, as cidades mais atingidas foram Blumenau, Itajaí e Rio do Sul.

Foto: Fundação Cultural de Blumenau/Arquivo Histórico José Ferreira da Silva

Na minha visão, aquela enchente de 1983 foi uma das piores, senão, a pior catástrofe climática ocorrida no Vale do Itajaí em termos de danos.

Avenida Beira-Rio. Foto registrada por um membro da família Marx

Por sorte ou pela ajuda de Deus, Brusque na ocasião não sofreu grandes transtornos com o nível do Rio Itajaí Mirim, que por sinal subiu também, mas não a ponto de causar problemas sérios aos brusquenses, que tiveram sua enchente catastrófica no ano seguinte, em agosto de 1984.

Visão a partir da Prefeitura de Blumenau. Av. Castelo Branco. Foto registrada por um membro da família Marx

A capacidade de reconstrução da população atingida naquela ocasião superou os fatos do desastre. Que fique aqui esse exemplo, de que nunca é tarde para recomeçar.