Neve histórica no Vale do Itajaí completa 8 anos; relembre o evento
Há exatamente 8 anos, no amanhecer de 23 de julho de 2013, moradores do Vale do Itajaí começaram o dia na presença de um cenário europeu, com árvores, casas, carros, morros: tudo coberto pela neve.
As pessoas puderam abraçar o frio naquela manhã de terça-feira de uma maneira muito especial. Segundo Ronaldo Coutinho, da Climaterra, a nevasca de 2013 chegou a mais de 150 municípios catarinenses.
Em Brusque, a média mensal de temperatura daquele julho de 2013 ficou em apenas 16,3ºC. Dado extraído da rede de estações meteorológicas de Ciro Groh.
Um dia antes à neve
Relato de Ciro Groh: lembro muito bem daquela tarde de segunda-feira, 22 de julho de 2013. Uma fina garoa insistia cair em Brusque. Minha estação instalada no bairro Rio Branco marcava não mais que 8ºC, isso às 14h22.
As previsões feitas na ocasião pelos meteorologistas apontavam para uma forte nevasca no dia seguinte, porém, eram direcionadas às regiões serranas do estado, onde de forma eventual, o fenômeno ocorre durante o inverno.
Pois a noite daquela segunda-feira chegava e o frio aumentava de intensidade. Jamais eu poderia imaginar o que estaria para acontecer logo no início da madrugada seguinte:
O relógio marcava 1h15 e a temperatura era de apenas 0,2ºC. Flocos de neve começavam a cair em Brusque, para espanto daqueles moradores que ainda permaneciam acordados.
Na área urbana a ocorrência foi discreta, porém, em alguns bairros mais distantes da região central da cidade brusquense houve até acúmulo de gelo.
Quando o dia amanheceu, era possível então observar o branco da neve também nas partes mais elevadas, como no imponente Morro do Barão, mostrado na imagem abaixo:
O evento de 2013 pode ser superado em 2021
Segundo Ronaldo Coutinho, da Climaterra, a segunda metade da próxima semana deve trazer Brusque e região, mais uma forte onda de frio que irá se somar às outras que já passaram por SC neste inverno de 2021, especialmente em julho.
Chama atenção a intensidade, pois essa massa fria que está por vir tende a ser a mais forte em décadas. Pode até superar até os eventos de 2013, 2000, 1975 e mais um ocorrido na década de 1950, explica o profissional.
Coutinho observa a importância do acompanhamento diário das atualizações dos modelos, visto que, as projeções estão sujeitas a mudanças constantes e a intensidade atualmente prevista pode mudar até lá.
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