Cirurgia cardíaca inédita é realizada em Brusque
Operação foi feita no hospital Imigrantes
No sábado, 16, uma cirurgia cardíaca inédita foi realizada em Brusque. Uma paciente de 69 anos recebeu o primeiro implante cardioversor desfibrilador implantável (CDI) da história da cidade.
A cirurgia foi feita no hospital Imigrantes, no período da manhã, para ajudar a corrigir as anormalidades dos batimentos cardíacos da paciente. O aparelho é similar a um marca-passo, mas sua manutenção é mais espaçada.
O procedimento cirúrgico ocorreu na hemodinâmica do hospital, foi coordenado pelo médico cardiologista e diretor técnico do serviço de Hemodinâmica AngioCor Brusque, Adrian Kormann, e realizado pelo cirurgião cardíaco Eduardo Motta e pelo médico cardiologista intervencionista, Diego Pinheiro.
Conforme o médico Diego, a paciente tinha insuficiência cardíaca, sem a diminuição do fluxo de sangue. Por conta disso, ela teve desmaios e convulsões em casa.
De acordo com ele, o CDI é um equipamento implantável totalmente automático, capaz de detectar arritmias graves e tratá-las imediatamente através de estímulos elétricos.
“Quando o coração fica lento, o CDI funciona como se fosse um marca-passo convencional, corrigindo a bradicardia. Se o paciente apresenta uma aceleração anormal do batimento cardíaco (taquicardia), o CDI inicia protocolos de reversão conforme a programação específica, definida pelo médico eletrofisiologista. Dependendo da gravidade da arritmia, o CDI pode utilizar estímulos de baixa ou alta energia, corrigindo-a imediatamente”, detalha o médico.
Diego explica, ainda, que CDI evita que o paciente tenha que ir ao pronto-socorro para reverter a arritmia e, nos casos mais severos, evita também a morte súbita. “Os pacientes que se beneficiam deste equipamento, como esta senhora que passou pela cirurgia no hospital Imigrantes, são criteriosamente avaliados pela equipe de arritmias antes do implante, para decidir o modelo indicado em cada caso e a programação do aparelho”, acrescenta.
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