Cirurgião plástico e mastologista se unem para realizar reconstruções mamárias em Brusque

A ideia de Laércio Cadore e Marco Antônio Cortelazzo é oferecer um serviço de referência no município

Cirurgião plástico e mastologista se unem para realizar reconstruções mamárias em Brusque

A ideia de Laércio Cadore e Marco Antônio Cortelazzo é oferecer um serviço de referência no município

Após dois anos da realização da mastectomia radical da sua mama esquerda, a bancária aposentada Sílvia Maria Lorentino, 59 anos, enfim, passou pelo procedimento de reconstrução mamária.

A cirurgia foi realizada em Brusque, na Clínica San Pietro, na semana passada e foi considerada um sucesso. Silvia passou por todas as fases do tratamento de câncer até realizar o procedimento no fim de 2015, em Florianópolis.

Desde lá, realiza o acompanhamento e foi liberada para fazer a reconstrução. “Esperei ficar mais forte porque a quimioterapia acaba com o organismo e então resolvi fazer, mas quando estava com a cirurgia marcada o médico teve problema de saúde e tive que adiar”.

Somente neste ano ela decidiu retomar a ideia da cirurgia. Realizou, então, uma avaliação na clínica brusquense e, em pouco tempo, estava com o procedimento marcado. “Fui muito bem tratada. Para quem faz mastectomia, são pequenos detalhes que fazem a diferença”.

Uma semana após o procedimento, Silvia já sente os resultados em seu corpo e na autoestima. “Eu fiz porque queria estar bem comigo mesma. Fiz a cirurgia para mim, minha autoestima já está bem melhor. Estou muito feliz”.

Cirurgias em parceria

A cirurgia de Sílvia foi a primeira realizada em parceria entre o cirurgião plástico Laércio Cadore e o oncologista e mastologista Marco Antônio Cortelazzo. A ideia é oferecer um serviço de referência no município. “Nós sabemos da dificuldade que essas pacientes têm em encontrar um hospital de referência para se tratarem, então decidimos juntar nossas experiências e realizar esse trabalho em conjunto”, explica Cadore.

O cirurgião destaca que o procedimento de reconstrução depende muito do tipo de mastectomia pela qual a mulher foi submetida. “Tem pacientes que precisam de uma cirurgia maior, outras nem tanto. E é justamente por isso que é importante ter o acompanhamento de um mastologista, porque é uma soma de conhecimento, e isso nos deixa mais tranquilo”.

Cortelazzo, que é mastologista da rede municipal de saúde de Brusque há três anos, afirma que o objetivo da reconstrução é oferecer qualidade de vida às pacientes que passaram por momentos difíceis durante o tratamento da doença. “Com a reconstrução, podemos oferecer para as mulheres uma vida se não normal, muito próxima do normal”.

A reconstrução

A reconstrução da mama é feita por meio de várias técnicas de cirurgia plástica que tentam restaurar a mama considerando-se a forma, a aparência e o tamanho após a mastectomia.

De acordo com Cadore, os resultados finais da reconstrução pós mastectomia podem ajudar a minimizar o impacto físico e emocional da mastectomia. Com o tempo, certa sensibilidade na mama pode voltar, e as cicatrizes tendem a melhorar, embora nunca desaparecerão completamente. Há algumas limitações, mas são pequenas em comparação à melhoria da qualidade de vida.

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