Cláusula econômica é reprovada em convenção coletiva dos metalúrgicos
Na maioria dos itens das cláusulas sociais, houve consenso entre os trabalhadores
Os trabalhadores e trabalhadoras se reuniram neste domingo, 21 de maio, por meio da Assembleia Geral Extraordinária, para votar o texto da Convenção Coletiva de Trabalho 2017/2018, realizada no auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Brusque (Sintimmmeb).
Antes da votação da contra proposta do sindicato patronal (SIMMEBr), foram explanados e discutidos os itens. Os trabalhadores tiveram espaço para perguntas e esclarecimento de dúvidas. Em seguida, o texto foi para votação dos trabalhadores.
Na maioria dos itens das cláusulas sociais, houve consenso entre os trabalhadores. Entre eles, a continuidade do prêmio assiduidade, que ficou em R$ 270, pago sempre em fevereiro e em julho, totalizando R$ 540,00. E, pelo texto, o piso da classe passaria de R$ 1.250,00 para R$1.330,00. Foi aprovada também a manutenção do plano de saúde dos trabalhadores, a Sintimmmeb Saúde.
Houve uma alteração no cálculo do adicional noturno. Hoje, a lei determina que sejam pagos de adicional 20%. Os metalúrgicos têm acordado 25%, que passará a ser de 24%, para os trabalhadores da ativa, com mais 1% incorporado ao salário, totalizando 25%.
Para os contratados a partir de 1º de maio de 2017, o adicional noturno passará a ser de 24%. Além disso, a classe segue como a única categoria dos metalúrgicos no Brasil que tem jornada regular de 43,5 horas semanais.
Itens reprovados
No entanto, a proposta econômica e uma social foram reprovadas por unanimidade pela assembleia. A classe patronal propôs percentual de aumento de 4% (baseado no INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, índice que mede a inflação nos últimos 12 meses) e o teto do valor do aumento para os trabalhadores com salário acima de R$ 7.700,00, seria fixado em R$ 306,46.
Outro item sem consenso é referente ao benefício do reembolso de 50% de medicamentos com receita médica. Os empresários propuseram que os dependentes do trabalhador associado, que se encontrar de licença médica por mais de 120 dias, perdessem o direito ao reembolso. Além disso, os empresários pediram a diminuição do benefício para filhos dependentes de 16 para 14 anos.
Agora, o Sintimmmeb e SIMMEBr retomarão as negociações referente ao percentual de aumento salarial e reembolso de 50% no valor dos medicamentos.