Clínicas de vacinação de Brusque avaliam liberação da compra do imunizante contra Covid-19
Governo federal divulgou medida provisória que possibilita ao setor privado a compra da vacina
Após o governo federal publicar uma medida provisória em que permite compra de vacinas contra a Covid-19 pela iniciativa privada, as clínicas de vacinação de Brusque avaliam adquirir doses do imunizante. Segundo o texto, a compra poderá ser realizada diretamente com o fabricante.
A Unimed pretende incluir a vacina contra Covid-19 na lista das opções de imunizante ofertados pela clínica. Até o momento, não foi registrada procura pela vacina, mas a gerente de Serviços em Saúde da Unimed, Amanda Sanches Baumel de Carvalho considera que isso se deve a recente liberação e divulgação.
Além disso, caso o imunizante entre no calendário vacinal, ela acredita que existirá a possibilidade das pessoas procurarem a Unimed para ter as vacinas em dia, especialmente os que viajam.
Para Amanda, a liberação da compra do imunizante é “excelente, por ser mais uma opção ao consumidor”.
Parceria entre clínicas
Quem também pretende adquirir o imunizante é a Bravacinas. Com sede em Itajaí, a clínica realiza atendimento à domicílio em Brusque e região. No entanto, a gerente comercial Jonelde Damo explica que no momento é feito um cooperativismo com outras clínicas da região para compra das vacinas.
“Essa vacina liberada é multidose, não é uma monodose como a da gripe. Como são muitas doses no frasco, quando você abre tem que aplicar todas em 48 horas para não desperdiçar”, explica.
A profissional ainda explica que o valor da dose é alto, cerca de R$ 300. “Vem cerca de 10 doses em um frasco, então é difícil comprar sozinho”, explica.
No momento, a clínica realiza um mapeamento para identificar clientes que tenham interesse em adquirir o imunizante. “Eles fazem o pagamento antecipada e na hora que conseguirmos alcançar várias doses, em parceria com as outras clínicas, nós faremos o pedido e vamos chamar o cliente para tomar a vacina”.
De acordo com a gerente, a clínica já registrou procura, mas de pessoas buscando informações. “Temos que ter a quantidade mínima de doses, então trabalhamos em parceria com outras clínicas. Talvez não feche ou avance, então nós devolveremos o dinheiro e indicaremos as pessoas tomarem pelo SUS”.
No entanto, Jonelde destaca que o cenário pode mudar diante dos novos casos da doença. “A tendência é aumentar a procura com o inverno, muitos não tomaram a terceira dose ainda. Além de que para viajar tem que ter o esquema vacinal completo, então há possibilidade”, diz.
Mais oportunidade de imunização
A diretora da Vigilância em Saúde de Brusque, Ariane Fischer afirma que a liberação para o setor privado adquirir as vacinas será um “incremento na oportunização de doses para os cidadãos, além de contribuir para o mercado girar”.
Ela acredita que a venda do imunizante não acarretará em faltas para a saúde pública. “No início da vacinação contra a Covid-19, a comercialização foi proibida para que a mesma pudesse ser oportunizada a todos os cidadãos, independente da sua classe social, haja vista os insumos para sua fabricação estavam limitados. Com a cobertura vacinal avançada e a disponibilização de matéria-prima para fabricação, não há perspectiva de falta de vacina”, pontua.
Na visão de Ariane, além das clínicas de vacinação, as grandes empresas também devem ser um dos que comprarão o imunizante com o objetivo de proteger os funcionários e evitar absenteísmo.
“Quanto maior a oferta de vacinas, maior a possibilidade de aumento de cobertura vacinal. Comprovadamente as vacinas diminuíram as taxas de internações hospitalares e óbitos”, avalia.
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