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Clube aproxima jogadores e estimula a prática do RPG em Brusque

Criado em 2012, grupo tem conquistado cada vez mais adeptos no município

Criado em 2012, o Clube RPG Brusque tem conquistado cada vez mais adeptos. A sigla RPG é derivada da expressão em inglês “Role Playing Game” e define um esquema de jogo em que as pessoas interpretam seus personagens, criam narrativas e histórias.

O clube brusquense iniciou com três jogadores: Alex Sandro Bononomi, Daniel Silveira Fischer e Giovane Rodrigues. Atualmente, conta com uma média de 30 pessoas que, quinzenalmente, usam a imaginação para criar as mais diversas histórias e entrar em um mundo repleto de ação.

Presidente do Clube RPG Brusque, Daniel Silveira Fischer joga desde 2002. Ele conheceu o jogo por meio de amigos, experimentou e nunca mais parou. A ideia de criar um clube de RPG na cidade surgiu com o objetivo de estreitar os laços entre os jogadores e difundir ainda mais o jogo.

“O RPG é um jogo muito interessante, não é como os videogames que os jogadores ficam isolados, o RPG promove a conversa, a interação entre os jogadores, que se reúnem para fazer suas histórias”, diz.

Membros do clube se reúnem a cada 15 dias | Foto: Divulgação

De acordo com ele, o RPG de mesa explodiu no Brasil na década de 1990. O jogo tem várias divisões e cada sistema tem suas regras. O jogo pode ser de uma aventura rápida que é finalizada no mesmo dia, ou então uma aventura sem fim, em que os jogadores podem passar um ano jogando com a mesma história.

Os membros do Clube RPG Brusque se reúnem aos sábados, de 15 em 15 dias. Os jogadores se dividem em seis mesas, cada uma com suas regras. Os encontros acontecem na casa dos membros ou então na loja Avalon, no Centro de Brusque.

Um dos fundadores do clube, Alex Sandro Bononomi afirma que o RPG cria laços e estimula a imaginação e a criatividade, entretanto, nem sempre é visto com bons olhos. “Para nós, é uma fuga do dia a dia, um hobby, como o futebol é para muitas pessoas, mas ainda há muito preconceito, as pessoas não entendem, rotulam, dizem que é uma forma de estimular a violência, mas não é nada disso”.

De acordo com ele, os jogos de RPG podem ser jogados por pessoas de qualquer idade. As histórias e aventuras variam muito e podem ser adaptadas conforme a idade. “Existe as categorias com as idades mínimas para cada história. Tem histórias que são mais violentas, de terror, outras mais leves”.

Os jogadores de RPG se baseiam em histórias e aventuras publicadas em livros e revistas, por exemplo. Cada uma tem suas regras. O livro mais famoso é o Dungeons & Dragons, primeiro RPG inventado em 1974. Além das histórias prontas, os jogadores também podem criar suas próprias regras e aventuras.

“Temos um acervo de mais de 40 livros, vários grids (cenários), e miniaturas. Antes era bem difícil conseguir, hoje temos lojas que tem os produtos e também há a facilidade da internet. Todo o material é do clube e os participantes fazem contribuição mensal para sempre ter alguma novidade”, destaca Daniel.

O jogo

Os jogadores de RPG criam seus personagens com base no sistema de regras e narrativa que será utilizada. Para isso, os jogadores preenchem formulários contendo todas as características, atributos, habilidades e itens do seu personagem. A ficha é constantemente atualizada conforme o personagem evolui.

Um dos jogadores sempre assume o papel de mestre do jogo. É ele que será o responsável por ditar a trama e descrever de forma detalhada os cenários que os jogadores estão.

As ações dos jogadores são definidas com base nos dados. Os participantes podem jogar o dado comum, de seis lados, como também os dados exclusivos de RPG, com 4, 8, 10, 12 ou 20 lados, que são usados nos sistemas mais complexos. Os dados que definem se o personagem terá sucesso ou fracasso em uma ação.

As partidas são jogadas em tabuleiros que descrevem o cenário em que se passa a história. Nesses casos, são utilizadas miniaturas que demonstram a localização de cada personagem. Conforme os personagens se deslocam, os jogadores movem as miniaturas no tabuleiro.

Daniel e Alex destacam que as principais características do RPG são a interatividade e o trabalho em grupo. Segundo eles, não existe competitividade no jogo, já que é predominantemente colaborativo. Os jogadores são conseguem vencer se trabalharem em conjunto.