Clube de Engenharia de Brusque tem troca de comando em 2017
Engenheiro Carlos Henrique Beuting, ex-secretário de Obras, será o presidente da entidade
Na semana passada foi realizada a solenidade de posse da nova diretoria do Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (Ceab). No entanto, o novo presidente só assumirá o cargo efetivamente a partir de 1º de janeiro de 2017. Até lá, continua na presidência o engenheiro Akson Siqueira, que passará o cargo ao atual vice-presidente, Carlos Henrique Beuting, ex-secretário de Obras de Brusque.
Atualmente, o Ceab passa por uma espécie de preparação para a troca de comando. O atual presidente destaca as atividades do clube nos últimos dois anos, período em que esteve à frente, como a realização da Semana de Engenharia, evento que deve se repetir em 2017, e o lançamento do livro que conta a história da engenharia e da arquitetura em Brusque.
A entidade também teve participação junto aos conselhos consultivos da Prefeitura de Brusque, responsáveis por avaliar os projetos e políticas públicas propostos pelo município.
Siqueira também informou que continua vigente o plano de moradia econômica, destinado à elaboração de projetos para quem quer construir. Contudo, ressalta que é preciso passar pelo crivo da Secretaria de Assistência Social e Habitação da prefeitura, que avalia se o morador se encaixa no perfil social exigido para ser atendido pelo Ceab.
Duas ações começam a se destacar no clube, conforme o atual presidente. A primeira é o Crea júnior, programa no qual estudantes de engenharia podem participar das reuniões do Ceab e ter acesso à sua estrutura. A segunda são as parcerias com a Unifebe, a qual, diz Akson Siqueira, “tem um trabalho muito forte na area de engenharia e urbanismo”.
O novo presidente, que é engenheiro eletricista, afirma que sua gestão irá manter os programas em desenvolvimento, e que o objetivo é ampliar o conhecimento dos profissionais, trazendo mais cursos e palestras.
Ele também destaca o trabalho feito pela entidade em situações de calamidade pública, quando é prestado serviço de assessoria praticamente de forma voluntária, com a prefeitura cobrindo apenas os gastos.
Plano Diretor
Os representantes do Ceab afirmam que as revisões urbanísticas e a reforma do Plano Diretor municipal são demandas bastante aguardadas no município, e que o clube está disposto a colaborar com isso.
Essas revisões são, geralmente, bastante demoradas. Siqueira afirma que isso se deve ao fato de que são temas complexos.
“Quando se mexe no Plano Diretor e no Código de Obras você mexe com a dinâmica da cidade, para onde ela vai crescer, onde vai restringir. Então, se você mexe num ponto isolado, a chance de errar é grande. Tem que estudar a cidade como um todo”, avalia.
O Código de Obras, apresentado à Câmara no mês passado, foi fruto de uma discussão que levou quase dois anos. O atual presidente do Ceab avalia que, quando o documento começar a valer, já devem iniciar as discussões para uma futura revisão, porque a cidade é muito dinâmica.
“A intenção do codigo é simplificar o processo de aprovação de projetos, para o cidadão conseguir o alvará em tempo menor, com menos burocracia”, afirma.
Para o próximo presidente, há a expectativa que a revisão do Plano Diretor possa ser conduzida de forma continuada, já que a instabilidade política atrapalhou os trabalhos do setor de planejamento da prefeitura.
“Quem sabe agora num próximo governo, com um planejamento de quatro anos, ele consiga colocar essa discussão numa sequência”, avalia Carlos Henrique Beuting.