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Clube de Ornitologia preserva pássaros exóticos e domésticos

Entidade existe desde 2012 e reúne criadores de pássaros para a troca de ideias

Com o objetivo de unir criadores de aves, trocar ideias e obter regulamentação perante às entidades públicas do setor, foi criado no dia 4 de dezembro de 2012, o Clube Brusquense de Ornitologia (CBO). Do ramo da Biologia, Ornitologia refere-se ao estudo das aves a partir de sua distribuição nos continentes, condições e peculiaridades de seu meio, costumes e modo de vida.

“Criar é preservar” é o principal lema da entidade, conforme o criador de mais de 100 aves, co-fundador e presidente do CBO, padre Elói Comper. “Defendemos a criação em cativeiros, para não tirarmos as aves nativas do seu espaço”, explica, reiterando que são contra caçar e matar esse tipo de animal.

O co-fundador do CBO e também criador de sete aves, Deivis Wandrey, conta que desde criança gosta de pássaros e que a iniciativa da entidade se deu primeiramente por hobby. “Queremos conscientizar a comunidade para que preservem, para que assim não se percam tantas aves belas e diferentes que têm na natureza”, ressalta.

Cassiano Imhos participa como membro do clube desde sua fundação. Ele acredita que essa é uma das formas de continuar mantendo as espécies. “Participo, pois espero que com essas atitudes conseguiremos preservar as aves”, frisa. Os membros se encontram mensalmente, toda segunda-feira, às 19 horas, na rua do Cedro, no bairro Dom Joaquim.

O presidente do CBO ainda diz que a área de aves é muito ampla e que há muitas espécies para serem conhecidas e estudadas. Os membros do clube, 32 na cidade, possuem aves exóticas e domésticas.

Registro das aves

Desde sua fundação, o CBO é associado à Federação de Ornitologia do Brasil (FBO) e são regidos por instruções normativas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Entre as principais exigências do órgão está a utilização de anilhas (anéis) nas aves. O objeto que pode ser de aço inoxidável ou alumínio e custa em média de R$ 2 a R$ 5, dependendo o tamanho do animal, é usado para identificar as aves.

Segundo Comper, a anilha é fundamental, já que é o registro da ave. “É como se fosse a identidade. É colocado quando a ave é criada em cativeiro e ainda é filhote”. Na anilha existe o número de identificação do criador e também o número da ave.

Reconhecimento

Devido ao trabalho social e de conscientização do meio ambiente que o CBO vem realizado nos últimos anos na cidade, foi aprovado em primeira discussão pelos vereadores de Brusque, na sessão da Câmara da última terça-feira, 9, o projeto de lei 43/2015, de origem legislativa, que declara de utilidade pública o CBO.

Aves exóticas

As aves exóticas são divididas em passeriformes, psitaciformes, columbiformes e psitacídeos. Os passeriformes possuem o bico cumprido. Canários, curiós, pássaros (calafates, bavetes, diamante de gould), pintassilgos fazem parte desse grupo.

Os psitaciformes, conhecido pelo bico torto, possuem mais de 360 espécies e de 80 gêneros das família Psittacidae, Cacatuidae e Strigopida. São conhecidos os papagaios, cacatuas, periquitos, rosela eximius, forpus celeste, ring necks, entre outros.

Os Columbiformes representam a ordem dos pombos e existem cerca de 180 tipos desta espécie. A asa de bronze e goura são as mais comuns.

Aves domésticas

As galiformes pertencem às aves domésticas, são de bico curto, geralmente habitantes de solo, com voo curto e baixo. A galinha é a mais conhecida da categoria. Também tem os faisões e pavões.