Clubes da Série C, incluindo o Brusque, planejam proposta à CBF para nova fórmula de disputa

Dirigentes estudam possibilidades para dar à terceira divisão os mesmos moldes utilizados nos escalões superiores

Clubes da Série C, incluindo o Brusque, planejam proposta à CBF para nova fórmula de disputa

Dirigentes estudam possibilidades para dar à terceira divisão os mesmos moldes utilizados nos escalões superiores

O Brusque pode ter um calendário ainda mais completo caso os clubes da Série C do Campeonato Brasileiro consigam convencer a CBF de mudar a fórmula de disputa da competição a partir de 2020: a ideia inicial é tornar o campeonato uma competição em pontos corridos com turno e returno, exatamente como ocorre com as duas divisões acima. Para isto, os dirigentes planejam uma estratégia comercial que viabilize a mudança. No formato atual, vários dos clubes ficam sem calendário já a partir de agosto, eliminados na fase de grupos.

O Brusque participa do grupo de clubes que quer elaborar a proposta. Para convencer a CBF, a ideia é montar um plano comercial e uma nova proposta dos direitos de transmissão das partidas, com aumento da verba recebida, já que seriam mais partidas a transmitir. Atualmente, o serviço de streaming DAZN é quem tem os direitos da Série C.

“Está bastante no começo, mas queremos estar com tudo pronto para então apresentar a proposta à CBF”, comenta o presidente do quadricolor, Danilo Rezini.

Para que esteja em condições de ser apresentada à CBF, o plano comercial inclui a busca por mais patrocinadores. Isto inclui algum disposto a comprar os naming rights, unindo seu nome ao da competição.

A prioridade é que a Série C tenha a mesma fórmula de disputa das Séries A e B: 20 clubes jogando todos contra todos em 38 rodadas. Os quatro primeiros conquistariam o acesso à Série C, e os quatro últimos seriam rebaixados à Série D. A mudança faria com que a Copa SC, torneio disputado pelo Brusque no segundo semestre, perdesse em importância. Afinal, a Série C duraria até final de novembro ou início de dezembro, em conflito com a competição estadual.

Caso não seja possível, haverá uma alteração na fórmula atual: em vez de os quatro melhores de cada grupo com dez equipes irem às quartas de final, iriam a um octogonal em pontos corridos, com jogos em ida e volta.

Clubes-empresas

Desde 6 de setembro, Danilo Rezini integra a Comissão Nacional de Clubes da CBF, junto com os presidentes de Internacional, São Paulo, Chapecoense, Vasco, Bahia, São Bento, Vila Nova, Luverdense, Santa Cruz e Botafogo (PB). Em reunião nesta quinta-feira, 12, na CBF, o ponto central da discussão foi a transição dos clubes de associação sem fins lucrativos para sociedade anônima.

O tema tem sido discutido na Câmara dos Deputados, no Senado e no Executivo. A comissão deve elaborar uma proposta baseada nas existentes, da perspectiva dos clubes. Uma junta jurídica deve apresentar a ideia em reunião a ser marcada entre 23 e 27 de setembro.

“Tem que ter uma participação efetiva dos clubes, dos dirigentes, que sabem qual é a realidade na prática. Esta mudança acarreta em mudanças nas regras, nas questões fiscais. É um tema que precisa ser mais discutido.”

 

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