Cobertura da vacina da gripe em gestantes e crianças fica abaixo da meta em Brusque e região

Únicos grupos que atingiram a meta de cobertura foram dos idosos e profissionais de saúde

Cobertura da vacina da gripe em gestantes e crianças fica abaixo da meta em Brusque e região

Únicos grupos que atingiram a meta de cobertura foram dos idosos e profissionais de saúde

A 22ª Campanha de Vacinação contra a gripe chegou ao fim nesta terça-feira, 30, após mais de três meses de duração em todo o estado. Santa Catarina não atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de vacinar, ao menos, 90% das pessoas que compõem os grupos prioritários. Da população total de mais de 2,6 milhões pessoas que deveriam ter tomado a dose, 74,65% se imunizaram.

Em Brusque, foram aplicadas quase 24 mil doses da vacina, com 91,46% de cobertura, acima da meta estipulada pelo governo estadual. De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde do município, Alícia Maria de Andrade Fagundes, esse número foi superado principalmente por conta dos trabalhadores da saúde e idosos, em que a cobertura superou as expectativas.

Alícia explica que a vacinação em crianças, gestantes e puérperas (mulheres em fase de pós-parto) ficou bem abaixo da meta, entre 50% e 60%. Ela atribui esse número baixo de cobertura ao receio pela pandemia, principalmente das mulheres grávidas ou com filhos recém-nascidos.

As vacinas que não foram aplicadas continuam disponíveis, prioritariamente, para a população dos grupos de risco, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde. Em Brusque, as doses estão sendo aplicadas também em pessoas entre 20 e 49 anos em todas as salas de vacina do município, medida que evita desperdício. A vacina fica disponível até que os estoques sejam encerrados. Santa Catarina recebeu um total mais de 2,7 milhões de doses.

Em Guabiruba e Botuverá, o panorama foi similar. A secretária de Saúde guabirubense, Patrícia Heiderscheidt, afirma que a meta foi superada para vacinação de idosos e profissionais de saúde, mas que houve uma cobertura baixa principalmente em crianças (48,2%), gestantes (62,1%), puérperas (42,8%) e pessoas entre 55 e 59 anos (31,5%), grupo que foi adicionada para esta campanha de vacinação. 

A campanha atingiu 69,18% da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. O município ficou acima da média nacional, que ficou na casa dos 60%, mas bem abaixo do 90%.

“Essa vacina previne vários tipos de influenza, descarta várias doenças quando vamos fazer o diagnóstico de Covid-19, por exemplo. Esse ano, os idosos procuraram bastante. Mas, mesmo fazendo campanhas aos sábados, a procura dos outros grupos prioritários foi baixa”, diz.

Patrícia destaca que a vacina é importante para evitar o aumento na procura pelos serviços de saúde e internações. “Toda falta de imunização, de qualquer vacina, gera uma preocupação devido à suscetibilidade das pessoas a doenças”.

As doses restantes ainda estão disponíveis na sala de vacinação da Policlínica, de segunda a sexta-feira, das 7h30 as 17h30.

A Secretaria de Saúde de Botuverá iniciou a aplicação das doses em idosos em domicílio, por causa da pandemia, e conseguiu superar a meta neste grupo. Porém, a secretária Márcia Cansian afirma que a meta não foi atingida, principalmente pela baixa cobertura de vacinação em crianças e gestantes, na qual a expectativa da secretaria era de procura maior.

As pessoas que ainda querem tomar a vacina em Botuverá podem procurar a sala de vacina na Unidade Básica de Saúde do Centro.

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