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Projeto do Samae evita desperdício de água nas escolas de Brusque

Primeiro serviço ocorreu na manhã desta quarta-feira, no CEI Elsa Bodenmüller de Marchi I

O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Brusque está inspecionando as escolas do município que possuem um grande consumo de água. O projeto foi criado pela Comissão Gestora de Meio Ambiente do Samae (Cogemas) e tem o intuito de evitar o desperdício de água e dinheiro público ao trabalhar as perdas visíveis e não visíveis em escolas públicas municipais.

O primeiro trabalho foi realizado no Centro de Educação Infantil (CEI) Elsa Bodenmüller de Marchi I durante a quarta-feira, 24. Conforme o presidente da Cogemas, Luciano Camargo, o projeto teve origem após o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de um dos servidores da autarquia. Ele fez um trabalho semelhante na escola Oswaldo Reis e observou que o consumo de água do educandário diminuiu de R$ 1,1 mil para R$ 130.

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“Teve uma queda de 80% no consumo. Começamos a analisar os gastos que as escolas tinham e percebemos que era desproporcional a quantidade de alunos com a quantidade de gastos”, diz.

Com isso, foi criada uma equipe de trabalho, que é composta por funcionários multidisciplinares. A equipe conta com biólogos, técnicos em meio ambiente, gestor ambiental, encanador e auxiliar geral.

Até o momento, a equipe já identificou entre 12 e 14 escolas que gastam mais de R$ 1 mil com consumo de água. Todas elas serão visitadas pela comissão. No final do ano ferá feito um relatório para apresentar à comunidade a importância desse trabalho e da observação dos gastos.

“É muito importante observar quando os gastos saem fora do padrão normal e com isso conseguimos reduzir os gastos públicos e trabalhar a questão do desperdício de água, que é uma das funções da comissão. Economiza a companhia, os cofres públicos e, automaticamente, a população que paga os impostos”, explica.

Após os trabalhos realizados no CEI Elsa Bodenmüller de Marchi I, o próximo local será o CEI Elsa Bodenmüller de Marchi II.

Primeiro trabalho do projeto foi realizado no CEI Elsa Bodenmüller de Marchi I / Foto: Divulgação

Trabalho
Em parceria com a Secretaria de Educação, a equipe vai até os educandários para identificar os problemas e depois a pasta fica responsável por solucioná-lo.

Ao chegar no local, eles fazem a identificação das perdas visíveis, como registro vazando ou algo gotejando; e as não visíveis, que são rompimento de tubulação. São utilizados aparelhos, como o geofone, para identificar onde há o vazamento.

“Quando não conseguimos escutar porque o vazamento é pequeno, nós pressurizamos a rede interna. Para trabalharmos no descobrimento dos vazamentos, nós isolamos por setor. Analisamos o primeiro setor e quando ele estiver livre de vazamentos, partimos para o segundo setor, até anularmos todos os problemas hidráulicos identificados”.

No caso da primeira escola, não foi possível contratar uma empresa para fazer o serviço devido à complexidade, tendo em vista que a tubulação era de ferro galvanizado. “A equipe teve muito trabalho. Apenas com profissional habilitado e com ferramentas especiais conseguimos executar o serviço”.

Evolução
Segundo Camargo, a comissão possui uma parceira com a Fundema, que doou mais de mil mudas de árvores à Cogemas. Essas mudas serão plantadas nos locais onde foi preciso tirar as árvores para realizar o serviço.

Cogema recebeu mais de mil mudas para plantar nos locais onde foram feitos serviços / Foto: Divulgação

“A responsabilidade do Samae e do Cogemas é refazer o local, replantar. Com isso, nós devolvemos para natureza o que foi retirado”, esclarece. Segundo ele, em breve a comissão replantará as árvores nos locais necessários. Além disso, eles avaliam plantar mudas na margem do rio Itajaí-Mirim.

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A comissão também trabalha com a parte educacional e vai até as escolas para fazer palestras, além de receber visitas das crianças na autarquia para mostrar o serviço realizado pelo Samae.

“Pretendemos evoluir. O Samae planeja instituir o setor ambiental dentro da empresa. O diretor-presidente, Dejair Machado, quer cada vez focar na questão da responsabilidade sócio-ambiental do Samae”, finaliza.