Colégio Cônsul cria projeto de ação solidária voluntária para ajudar comunidade

Ações iniciaram neste ano e alunos já desenvolveram diversas atividades em escolas e entidades da cidade

Colégio Cônsul cria projeto de ação solidária voluntária para ajudar comunidade

Ações iniciaram neste ano e alunos já desenvolveram diversas atividades em escolas e entidades da cidade

Para colocarem em prática o que os alunos aprendem na sala de aula, o professor Nathan Krieger, do colégio Cônsul Carlos Renaux, montou um grupo de estudantes para realizarem boas ações pela cidade. Surgiu assim o grupo Estudante Voluntário, que hoje conta com 30 alunos do 8º e 9º anos. O projeto realiza ações em escolas, hospitais e entidades do município.

Krieger explica que trabalha com os alunos projetos sociais, orientação e ensino religioso. Ele teve a ideia de criar um grupo que pudesse conhecer outras pessoas em condições e realidades de vida diferentes. O planejamento começou em 2018 e foi colocado em prática neste ano.

“Não queremos vender a imagem, queremos vender a ideia de fazer a diferença com ações solidárias e pequenos gestos, podemos transformar o mundo em um lugar melhor”, diz. As atividades não valem nota e são desempenhadas fora do horário de aula.

Ele explica que o grupo já realizou diversas atividades, como a pintura da Escola de Ensino Fundamental Paquetá, localizada no bairro de mesmo nome. A quadra de esportes do educandário ficou um pouco danificada após a queda do telhado e a estrutura precisava ser pintada. Eles tinham apenas o material, mas faltava a mão de obra. Com isso, Krieger levou os alunos até a escola e eles fizeram a ação.

Alunos pintaram quadra da escola Paquetá | Colégio Cônsul Carlos Renaux/Divulgação

O professor explica que procurou a diretora e dois alunos da escola Paquetá participaram da ação. “Ao longo da semana, quando a escola foi vendo os nossos estudantes indo lá, o pessoal começou a se animar. Em uma semana e meia nós terminamos de pintar a quadra toda. Depois ela me disse que o pessoal da escola ficou impressionado quando viu a ação”.

No Centro de Educação Infantil Círculo Bom Samaritano os alunos plantaram uma horta e pintaram a creche. Para conseguir as mudas, Krieger entrou em contato com um conhecido que forneceu o produto. “É uma corrente solidária mesmo, basta alguém pedir”, diz.

Além dessas escolas, os estudantes já realizaram atividades na Apae, Hospital Imigrantes, visitas na casa de assistência Dilony, entre outros. “É para eles entenderem que a solidariedade não é só na questão material, mas também de estar lá e passar um tempo, é uma carência presencial. Ficamos lá, jogamos, cantamos e conversamos”.

Depois das ações, o professor gosta de fazer uma reflexão com os alunos para fazer uma leitura da atividade e tirar o aprendizado.

Eles visitaram um lar de idosos e conversaram, brincaram e cantaram com os moradores | Foto: Colégio Cônsul Carlos Renaux/Divulgação

Próximas atividades

O professor montou um cronograma para elencar as próximas atuações do grupo. Segundo ele, as entidades que precisarem de ajuda podem entrar em contato com o colégio Cônsul que avaliará a situação.

Ele também explica que tudo é planejado de acordo com a logística do colégio. Ações em locais distantes dependem de um veículo para locomoção dos alunos e por isso o professor precisa organizar todos os detalhes antes de fazer a saída.

“Queremos tornar isso uma ação pedagógica e solidária, para que eles possam tirar disso uma lição”, destaca.

As ações de outubro já foram definidas pelo responsável. Os alunos participarão das atividades realizadas pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) durante o próximo Sábado Fácil. Serão feitas pinturas faciais, contações de histórias e apresentação do projeto à comunidade. Além disso, eles também atuarão na creche Noemia Fialho.

Alunos cantaram e dançaram com os pequenos da creche | Foto: Colégio Cônsul Carlos Renaux/Divulgação

Avaliação positiva

Krieger afirma que é muito fácil fazer o bem e que é possível fazer isso com pequenos gestos. “É uma experiência que eles vão levar pro resto da vida. Muitos talvez ocuparão no futuro uma posição de destaque na indústria, no ramo empresarial, na política e eles vão lembrar dessa lição de solidariedade”, pontua.

Para a aluna do 9º ano, Gabrielli da Costa, “os projetos sociais não servem apenas para ajudar. Eles nos mostram a realidade e nos deixam muitos aprendizados em troca. Fazemos isso por amor, é imensurável ver o sorriso nos rostos das pessoas”.

A estudante Isabela Passos, do 8º ano, diz que participa do grupo por ser gratificante o ato de ajudar o próximo. “É muito bom saber que você pode ajudar alguém e ver essa pessoa feliz. E ajudar essas pessoas na companhia de quem você gosta fica muito mais legal. Quando falo que participo desse grupo me sinto orgulhosa”, avalia.

Alunos plantaram horta em uma das escolas que receberam a ação solidária | Foto: Colégio Cônsul Carlos Renaux/Divulgação

O colégio agora estuda levar o projeto ao Ensino Médio no próximo ano. Como os alunos estarão mais maduros, a ideia é que eles participem de outras ações. Além disso, ele explica que a intenção é emitir um certificado de horas de trabalho voluntário para os alunos do Ensino Médio que participarem ativamente do grupo.

“A gente sabe que as universidades do exterior valorizam bastante isso, inclusive reconhecem os alunos que ganham benefícios por se envolverem nesses trabalhos. Não é algo que vá abonar em nota, mas é uma coisa que pode ficar no histórico do aluno e de certa forma vai ajudá-lo na questão do Ensino Superior”, enfatiza o professor.

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