Colégio de Brusque recebe intercambistas dos Estados Unidos
Kade Whisenhunt e Doryan Didier Pierre-Noel passaram duas semanas em Brusque
Kade Whisenhunt e Doryan Didier Pierre-Noel passaram duas semanas em Brusque
Desde a última terça-feira, 20 de junho, o Colégio São Luiz vive pela primeira vez a experiência de acolher dois alunos intercambistas de escolas dehonianas. Kade Whisenhunt e Doryan Didier Pierre-Noel, da Sacred Heart School, do Mississipi, nos Estados Unidos, estão aprendendo sobre a cultura brasileira e frequentando as aulas e atividades do 8º Ano do Ensino Fundamental. Eles vieram ao Brasil acompanhados pela professora Ann Lovelace (Ms Ann).
O diretor do Colégio São Luiz, padre Silvano João da Costa, destaca o sentimento de alegria em receber os visitantes e de compartilhar parte do conhecimento e da cultura nacional.
“Prestes de completar 120 anos de fundação, temos a alegria de acolher intercambistas de uma escola dehoniana. É uma oportunidade de conhecimento incomensurável para todos e está sendo espetacular a troca de experiências”, afirma.
Segundo o diretor, a expectativa é que esta primeira experiência no Brasil possa reforçar a importância do movimento de internacionalização e estimular que outras instituições que integram a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (SCJ) no mundo, também se abram ao projeto.
“Espero que novas oportunidades possam acontecer. Estamos prontos para receber estudantes e dispostos a proporcionar aos nossos alunos a expansão do conhecimento, que ocorre quando descobrimos novos horizontes”, ressalta.
A coordenadora do Programa Bilíngue Communicate do Colégio São Luiz, professora Mariane Werner Zen, esteve em janeiro deste ano na Sacred Heart School. Agora, foi a sua vez de acolher os visitantes internacionais.
“Nosso programa de intercâmbio tem um valor muito significativo, pois promove a vivência educacional e experiências que vão além do ambiente escolar. No começo pode parecer que existe uma grande diferença mas, com a convivência, se percebe que apesar da distância geográfica e do idioma, os adolescentes passam pelos mesmos desafios. Eles têm alegrias, medos e inseguranças bastante semelhantes. E, quanto mais conhecimento recebem, mais respeito e menos julgamentos vivenciam”, declara.
A professora Mariane lista as semelhanças do Colégio São Luiz com a Sacred Heart School.
“Na região do Mississippi é onde está localizada a sede dehoniana, que administra a região sul dos Estados Unidos. Por coincidência, nós também estamos próximos de centros de formação dos futuros padres da Congregação SCJ”, explica.
Ela ainda detalha que durante a estadia em Brusque, os alunos americanos visitaram o Seminário de Corupá e o Noviciado, em Rio Negrinho e Jaraguá do Sul. O objetivo era aprofundar o conhecimento sobre os princípios e a espiritualidade que regem as escolas dehonianas, no Brasil e no mundo.
Outra conexão importante citada pela professora é sobre a região onde os intercambistas moram, conhecida pela produção de algodão.
“Por isso, planejamos visitas técnicas em empresas de Guabiruba e Botuverá, para eles compreenderem o processo de beneficiamento, do fio à roupa pronta. Assim, os estudantes ampliaram o conhecimento sobre a economia local”, ressalta. Em Botuverá ainda foi possível conhecer uma mineradora.
Vislumbrando as principais atrações turísticas da região, os americanos visitaram o Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento, o parque Beto Carrero Word, em Penha, e as belezas naturais de Balneário Camboriú.
Pela primeira vez no Brasil, os estudantes Doryan e Kade, tinham expectativas sobre a cultura, o colégio e os colegas de classe que encontrariam em Brusque.
Em janeiro, os dois se relacionaram com as intercambistas do Colégio São Luiz, que também passaram três semanas na escola do Mississipi.
“Antes de vir para cá eu pensava que as pessoas não falavam tanto o inglês e que seriam mais tímidas. Mas fui bem recebido e tenho conversado normalmente com os alunos. Todos são muito atenciosos e queridos”, declara Doryan.
Ele também diz que ficou impressionado com a estrutura do colégio e com o conteúdo abordado em sala de aula. “Os professores são muito legais e o conteúdo é bastante significativo. Em matemática, a lição é a mesma que estamos aprendendo no Mississipi”, revela.
A fluência dos brasileiros com a língua inglesa também despertou a atenção de Kade, que pôde contar com a ajuda dos colegas brusquenses para compreender melhor a matéria.
“É impressionante como todos falam bem o inglês. Imaginava que dominariam apenas o básico, mas todos conversam comigo sobre diversos assuntos facilmente. Nas aulas, quando não compreendo alguma coisa, eles já me ajudam”, diz.
Ms. Ann também enfatiza seu encantamento com os resultados da metodologia bilíngue. Ao visitar as turmas da Educação Infantil, viu de perto que até os mais pequenos já têm familiaridade com o idioma.
“Até os alunos dos anos iniciais conversaram comigo sem dificuldade. Isso me surpreendeu muito, pois pensava que, como o inglês não é a língua materna, haveria mais dificuldade na comunicação. Estava errada”, declara.
No início desta semana, Doryan e Kade voltam para os Estados Unidos com muitas lembranças. São novos amigos, aprendizados e grandes histórias para contar. Os dois ressaltam que a experiência foi única e inesquecível. Agora, eles se transformaram em motivadores do projeto e vão incentivar os colegas na vivência desta mesma experiência.
“O que eu mais gostei foi de conhecer uma nova cultura e novos lugares. Com certeza vou dizer o quanto o Brasil é maravilhoso”, expressa Doryan.
Kade também se tornou entusiasta desta grande aventura. “Tive muita sorte em estar aqui, foi incrível. Para os alunos que tiverem a oportunidade, incentivo que façam um intercâmbio. Vale muito a pena”, finaliza o jovem.
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