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VÍDEO – Luan Carlos deixa em aberto possibilidade de saída após derrota para o Londrina

Quadricolor foi derrotado por 1 a 0 em casa e pressão sobre o treinador aumentou

VÍDEO – Luan Carlos deixa em aberto possibilidade de saída após derrota para o Londrina

Quadricolor foi derrotado por 1 a 0 em casa e pressão sobre o treinador aumentou

O técnico Luan Carlos deixou em aberto a possibilidade de sua saída após a derrota do Brusque por 1 a 0 diante do Londrina, na noite desta sexta-feira, 26, no Augusto Bauer, pela 26ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Na coletiva pós-jogo, ele afirma que será realizada uma reunião com a diretoria para definir seu destino e admitiu a hipótese de uma demissão após a segunda derrota consecutiva.

“A gente já tem uma uma pré-conversa. A gente vai conversar de forma bem madura e tomar as melhores decisões pensando no clube. Com os atletas, houve uma conversa natural pós-jogo. É claro que com um assunto mais específico, é a possibilidade de mudança do comando técnico. É bem provável porque é uma conversa necessária, né? Então está tudo sendo bem analisado. Nossa diretoria é bem inteligente, sabe o que é melhor pro clube”, comenta.

“E como eu disse aqui na coletiva pré-jogo, eu acho que o melhor pro clube tem que ser feito o tempo todo. E se o melhor pro clube no momento é a minha saída, eu acho nada mais que justo. Então, sem sem muito egoísmo, sem muita individualidade e sem vaidade. A gente precisa encarar a realidade. É uma profissão totalmente instável e essa situação é extremamente natural no processo (…) Eu tenho certeza que a diretoria já tem o seu posicionamento, ela já tem as suas decisões. E repito, vai ter o meu total apoio e entendimento, porque eu entendo o que é e como é o futebol“, completa o treinador.

Confira mais destaques da entrevista coletiva ou assista na íntegra:

Finalização e confiança

Eu acho que os meninos tem tentado. Os jogadores tem buscado. Os erros estão aumentando nesse último terço. Nós passamos a semana toda falando com eles sobre isso, a gente pediu um pouco mais de objetividade, sabe? Um pouco mais de objetividade nesse terço final, pra concluir melhor a jogada, concluir mais rápido a jogada.”

“Eu falei aqui com a comissão técnica antes de vir pra coletiva que, independente do que acontecer, a comissão precisa dar confiança pra esses jogadores. São jogadores de potencial, têm que continuar trabalhando, não existe fórmula mágica. Não existe receita pronta, se alguém prometer uma receita pronta, não existe. É muito fácil quando não se está fazendo absolutamente nada, é muito fácil dar solução simples pra problema complexo, e não é não é assim que funciona, não é assim que funciona no jogo, não é assim que funciona na vida.”

“Trabalhar cada vez mais esse último terço situações de finalização, de conclusão. Foi o que eu acabei de falar pra comissão técnica. Não deixa cair a confiança dos jogadores. Por quê? Porque tem algo: a derrota traz desconfiança. E desconfiança é um fator fundamental pro fracasso. Então isso não pode acontecer. Independente se eu permaneço ou não, a comissão é muito competente e sabe quais são os elos frágeis da nossa equipe. Trabalhem esses elos, potencializem os jogadores, que eles têm muito pra dar pra equipe, pro clube.

Gol do Londrina

“Foi uma pane ali. Eu não vi o lance ainda novamente. Eu eu quero até depois dar uma olhada. Mas a gente acabou errando o primeiro combate, uma bola viajada e a gente treinou muito por essa bola, porque sabia que era uma jogada do Londrina. E aí te dói muito tomar esse tipo de gol. Mas aí houve até, talvez, um mérito do adversário. Sinceramente, eu não consigo analisar de forma clara nesse momento, mas eu sei que esse toque a mais do jogador deles acabou tirando toda a nossa linha de marcação, e o cara entrou livre pra finalizar dentro da pequena área, né?”

“Houve o erro, houve ali talvez uma tomada de decisão equivocada, ou talvez uma antecipação desnecessária. Não sei, eu preciso ver, mas realmente foi um lance crucial. Nosso time vinha bem e aquilo ali foi um banho de de água gelada.”

Psicológico

“Eu acho que o lado emocional hoje pesou muito, né? Eu senti no vestiário, no intervalo, a equipe querendo muito e de todas as formas o resultado.Acho que isso é bom até certo ponto. Acho que hoje, talvez, passou um pouquinho do limite, mas entendo perfeitamente. Somos seres humanos. A gente tentou controlar essas emoções, volta pro segundo tempo buscando, tentando, tem a expulsão do jogador adversário. Isso aumenta ainda mais a confiança do time, mas aumenta ainda mais a pressão de ter que atacar, de ter que buscar situações.”

Causas do momento

“Na frieza dos números, na sequência nossa não é boa, não é positiva. Então eu entendo toda essa repercussão, toda essa situação, toda essa condição negativa, né? Se a gente for contextualizar esses números, vai entender melhor o que está sendo feito.”

“O que é que o clube vem fazendo? O que é que a equipe vem produzindo? Não estou pedindo pro torcedor fazer isso. Não é papel do torcedor. Não estou pedindo pra vocês fazerem isso enquanto imprensa. Mas a diretoria, os jogadores que que são esse trabalho interno, precisam fazer, pra não achar que é uma terra arrasada. Pra não achar que está tudo perdido. Talvez a mudança do treinador traz um novo ambiente, traz uma nova forma de comandar, uma nova forma de liderar os atletas, e talvez pode ser positivo. São tentativas.”

“Mas eu vejo que nós não podemos achar que o clube está vivendo um momento de fracasso total, que está tudo errado, que ninguém presta. Não, muito pelo contrário.”

Substituições

“O Fernando [Fernandinho] vinha fazendo uma partida com certa dificuldade, né? E já tava cansado. E a gente optou por tirar, até porque ele tava com o cartão amarelo, e como é um jogador que mata muito contra-ataque, poderia tomar o segundo e aí ser expulso. E as outras substituições foi mais pra gente tentar ganhar volume ofensivo, ocupar mais o adversário, pisar com mais gente no último terço, trocar corredor com mais velocidade. O Baya, o próprio Luiz Antônio, que tem o passe entre linhas, o Gabriel [Taliari] tem características de passe vertical, passe de ruptura. Foi isso que a gente tentou fazer e acho que eles conseguiram.

“Como você disse, demoraram um pouco pra entrar no jogo, mas é porque o contexto do jogo meio que dificultou nessas essas ações deles. Então eu vejo que dentro de um contexto, eles fizeram uma partida interessante, e infelizmente não concluímos como deveríamos, e aí isso custou muito caro.”

Formas de atacar

Não tinha como entrar por dentro. Se a gente forçasse passe por dentro, a gente iria bater e voltar, bater e voltar. Então a gente tentou induzir o adversário pra um lado e atacar do outro. Induzido um lado, atacando o outro. Inclusive, essa era a meta desde o início do jogo. Induzir pra um lado, atacar pro outro.

“Infelizmente a gente não conseguiu finalizar as jogadas. Elas foram criadas, a equipe conseguiu chegar com muita gente na área, conseguiu ter domínio de bola dentro da área, não conseguiu fazer o gol. Ponto. Se eu te disser que os atletas não cumpriram o que foi planejado, eu vou estar aqui mentindo pra vocês. Então acho que eles tentaram, atacaram dentro das rotas treinadas e, infelizmente, o gol não saiu.

Franklin Mascote

“É um jogador de mais mobilidade e de mais ataque no espaço. E a gente entendia que pra jogar contra a linha de marcação do Londrina, era melhor a característica dele. Então a gente fez alguns treinos com ele na semana, a gente foi tentando (…) e estava encaixando demais no treino, a bola estava entrando, as ações estavam acontecendo. Então por isso a gente apostou no Franklin pra iniciar o jogo.”


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