Luizinho Lopes: “perdemos para os equívocos da arbitragem”
Treinador lamenta os pênaltis não marcados e valoriza sua equipe: "nós merecemos ser campeões"
Para o técnico Luizinho Lopes, o Brusque merecia sair campeão da final do Catarinense contra o Criciúma, neste sábado, 6, mas teve suas possibilidades tiradas pelos erros de arbitragem. Dois pênaltis foram negados ao quadricolor: no primeiro tempo, Rodrigo desvia um chute de Dentinho com o braço; no segundo, Olávio tenta um cabeceio para o centro da área e a bola bate no antebraço de Tobias Figueiredo. A arbitragem, nem no campo nem no vídeo, assinalaram as infrações.
“Nós jogamos para ser campeões hoje. E nós merecemos ser campeões. Mas o futebol não é esporte de merecimento. Mas faz sentido na vida também você se sentir honrado, se sentir merecedor. (…) Hoje nós perdemos para os equívocos da arbitragem, para não usar outro termo”, comentou o treinador na entrevista coletiva no estádio Heriberto Hülse.
“Está difícil ganhar do Criciúma, porque mesmo quando a gente joga muito, acontecem algumas coisas sobrenaturais, para não usar outros termos. Preciso prezar e zelar pelo meu trabalho, pela minha profissão. Enfim, tá bem difícil. Eu imaginava ter mais dificuldade no jogo jogado, porque o Criciúma é um grande clube, tem grandes jogadores, um grande treinador.”
“Primeira vez que passo por algo assim de jogar contra um adversário tão difícil, jogar tanto, jogar para vencer, para ser campeão e, por motivos críticos maiores, não conseguir o resultado”, complementa.
O técnico quadricolor afirma que foi um dia triste para a final do Campeonato Catarinense em sua edição de centenário (1924-2024). Em sua visão, a arbitragem também manchou o título do Criciúma.
“Talvez, de dois pênaltis, a gente fazia pelo menos um. Iríamos muito fortes para a cobrança [disputa] dos pênaltis. Ou tínhamos feito 3 a 1. Porque uma tirou de dentro do gol, a outra era o resultado que nos dava o título. (…) O próprio torcedor do Criciúma vai entender, vai reconhecer isso. Acho que os acontecimentos de hoje deram uma manchada aí num título de um clube tão grande quanto o Criciúma.”
“Infelizmente, não entramos para a história porque, daqui a algum tempo, talvez algumas pessoas se esqueçam do tanto que nós jogamos e do tanto que fomos prejudicados. Vão se lembrar só de que o Criciúma foi campeão.”
Elenco
Ele foca também na valorização do esforço de seus jogadores na final. O Brusque saiu atrás nos primeiros minutos do jogo, mas buscou o empate no início do segundo tempo, no qual foi predominante.
“A honra, o título, se é que faz sentido, é do Brusque. É dos meus jogadores, da nossa diretoria e da nossa torcida. Com relação a honra, merecimento, fizemos muito mais por merecer do que o Criciúma.”
“O Brusque foi amplamente superior. Fez um grande jogo. Respeito muito meus companheiros, meus colegas, porque o Tencati não tem culpa nenhuma do que se passou em relação à arbitragem. Mas hoje eu não vou parabenizar o título do Criciúma. Vou parabenizar os meus jogadores, parabenizar a nossa diretoria (…)”
Campanha e preparação
Luizinho Lopes afirma que o Brusque sai de cabeça erguida do campeonato, no qual o clube não pôde jogar em casa, e no qual conseguiu se recuperar e crescer ao longo da primeira fase. Valoriza também a classificação para a Copa do Brasil e a experiência antes da Série B do Campeonato Brasileiro.
“Não podemos nos sentir felizes só porque jogamos bem. Mas nos sentir honrados, num sentimento de merecimento. Isto faz sentido também. Às vezes a gente ganha e não consegue ter uma boa performance, fica uma desconfiança para a sequência. Serviu muito para preparação para a Série B.”
“A gente vai de cabeça erguida, motivados, confiantes. Em uma partida de 100 minutos como hoje a gente conseguir desempenhar desse jeito num ambiente totalmente desfavorável mostra que temos personalidade, que temos coragem, que estamos bem fisicamente, que temos uma ideia de jogo por trás de tudo que aconteceu hoje. Colocamos a bola no chão o tempo todo, triangulamos em todos os lugares do campo.”
“[Uma campanha] progressiva, nossa equipe foi crescendo durante a competição. Uma experiência nova para praticamente todo mundo. Fizemos um campeonato dificílimo fora de casa. Serviu muito de preparação para a Série B. Uma competição em nível de exigência altíssimo. Serviu para a gente bater de frente com Chapecoense, Avaí, Criciúma, clubes das Séries B e A.”
Assista agora mesmo!
Agressão de mulheres e abuso sexual de crianças: policial civil relata casos difíceis do dia a dia: