X
X

Buscar

Com cautela, presidente do Sinduscon projeta futuro da entidade e do setor

Fernando José de Oliveira tem esperanças em 2021, que terá a realização da Fairtec; cenário atual é pouco animador

O Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário (Sinduscon) de Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento tem em seus planos o aumento na quantidade de associados e fortalecer a Feira Tecnológica da Construção Civil (Fairtec) de 2021. A entidade segue dando sequência à reestruturação do início do século, mas enfrenta desafios inéditos, como a crise econômica em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O presidente do sindicato, Fernando José de Oliveira, pretende encerrar suas atividades na diretoria do Sinduscon em 2022, quando um novo presidente assumir. “Assumi agora, após a morte do Ademir [Pereira], e minha ideia é terminar este mandato. Não vou me candidatar novamente. Estamos preparando uma outra pessoa para assumir e dar continuidade aos trabalhos.”

Entre estes trabalhos, está a captação de mais associados na área de atuação. Mais fortalecido, o Sinduscon consegue obter mais representação junto às esferas estadual e nacional, mantendo os já tradicionais pragmatismo e agilidade nas convenções coletivas.

Em 2021, será realizada a Fairtec. Na visão do atual presidente, poderá ser um ano um pouco mais tranquilo e menos conturbado economicamente, possibilitando uma grande realização. A feira deverá ser lançada ainda em 2020.

“Buscamos fazer bem feito, como sempre. É uma vitrine da nossa região. São poucas as feiras do nosso setor que permanecem ativas, por conta dos anos difíceis da construção civil. Esperamos que seja um ano melhor.”

Quanto às perspectivas para o setor em Brusque, Oliveira não arrisca muitas previsões. Afirma que a crise em meio à pandemia de Covid-19 forma um cenário que muda constantemente. No entanto, relata: “com liberações de alguns recursos da Caixa Econômica Federal ao pequeno construtor, nós vimos algum ânimo no mercado.”

O presidente do Sinduscon percebe que aqueles que costumam construir moradias de padrão inferior, como as do programa Minha Casa, Minha Vida, conseguiram vender algumas unidades em estoque, o que melhorou este ambiente da construção civil.

“Construtoras de padrão diferenciado, na casa de 300 mil, 400 mil, 600 mil, tem sentido bastante, com retração do mercado, sem grandes negócios, com estoque e dificuldade em vender e falta de credibilidade no mercado. Pessoas antes propensas a fazer comprar neste valor agora resolvem segurar e esperar um pouco. E como o mercado está indefinido, isto é postergado cada vez mais. Num valor melhor, há quem entre de cabeça e faça negócios. São públicos bem distintos”, afirma.