Com contas equilibradas, reitoria da Unifebe apresenta otimismo no balanço do primeiro ano
Reitora Rosemari Glatz e vice-reitor Sérgio Rubens Fantini completaram 250 dias nos cargos
Reitora Rosemari Glatz e vice-reitor Sérgio Rubens Fantini completaram 250 dias nos cargos
Na tarde desta quinta-feira, 12, a reitoria do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) apresentou otimismo no balanço da gestão, que completou 250 dias. Entre economia e novos projetos, o foco na apresentação de resultados do primeiro ano foi para a condição financeira da instituição.
Encabeçada pela reitora Rosemari Glatz e pelo vice-reitor Sérgio Rubens Fantini, a gestão tomou posse em 9 de abril deste ano, após receber 94% dos votos na eleição, em 30 de novembro de 2018. Ambos seguem no cargo até 2023.
Para este ano, segundo Rosemari, o maior desafio para a equipe foi alcançar o equilíbrio financeiro, sem tirar o foco do aluno. “Inclusive, o equilíbrio econômico financeiro tem como foco conseguir aumentar a qualidade do ensino, na hora que é destinado mais recursos para a educação, ao invés de pagar juros para bancos”, explica.
De acordo com a reitora e o vice-reitor, as contas foram equilibradas. Após reestruturações e ajustes, como em todas as matrizes curriculares e modificações no quadro de todos os funcionários, com remanejamentos e desligamentos, foram necessários rever todos os contratos da instituição.
De acordo com Fantini, o orçamento mensal atual da Unifebe é de cerca de R$ 2,5 milhões. A gestão reduziu aproximadamente 20% dos gastos, entre folha de pagamentos e despesas gerais.
Ele recorda que, em novembro de 2018, no início do processo de transição de gestão, a Unifebe sofria com déficits entre R$ 400 e 600 mil mensais.
Entretanto, já ao assumir, a situação financeira estava melhor, pois logo em dezembro foram tomadas decisões, como o enxugamento do quadro de profissionais. “O que conseguimos ao longo do ano foi equilibrar para que não houvesse o déficit”, diz.
Rosemari conta que a situação financeira está superada, mas afirma que a reitoria pretende continuar nos trabalhos de controle dos gastos. “Estamos vivendo um momento muito bom e a comunidade está percebendo que estamos caminhando como devemos caminhar”, diz.
O vice-reitor conta que na metade do ano a Unifebe sofreu com a procura de alunos abaixo da previsão orçamentária, como ocorreu em outras universidades.
“Por conta de uma possível receita que acabou não acontecendo, tivemos que apertar os cintos. Ajuste de pessoal e despesas gerais, a gente procurou manter o que é necessário que pudesse caber no nosso bolso”, diz.
Segundo Fantini, graças a tomadas de decisões ao longo de todo o processo, a gestão colhe bons resultados. Contudo, ainda não sobra dinheiro no orçamento. “Mas estamos conseguindo pagar as contas”, completa.
Outros pontos foram para as notas de cursos no Enade, com Publicidade e Propaganda com nota 5, e Administração e Ciências Contábeis nota 4. Além disso, a reitoria festeja um aparente aumento na procura de alunos para 2020.
Rosemari cita como o novo curso de Medicina como grande destaque. Segundo ela, o índice foi melhor do que de outras instituições na região. Também, ressalta bons resultados para o curso de Psicologia e Publicidade e Propaganda. “Alguns cursos tivemos baixa procura, agora estão vivendo um momento muito bom”, diz.
Segundo o vice-reitor, o número está melhor do que o do ano anterior e reflete em um orçamento mais confortável para 2020. “A expectativa é que isso aconteça. São número muito bons e bem significativos. Resultados de processos de anos anteriores que foram refletidos agora”, avalia.
A gestão destaca que o dinheiro que mantém a Unifebe vem das mensalidades. Auxíliosgovernamentais dão suporte para que muitos estudam ou continuem a graduação, sem causar despesas para a instituição.
Atualmente, são cerca de 500 alunos da Unifebe contemplados entre várias modalidade de bolsas de estudos. Do Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (Uniedu), estado de Santa Catarina, cerca de 300 alunos são contemplados, com o abatimento dentre 95 e 100% da mensalidade.
Sobre Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal, Fantini avalia que cada vez mais dificuldades estão sendo colocadas pela União. Segundo ele, novos alunos não estão mais utilizando essa modalidade, porém os antigos continuam renovando. O número de contemplar cada vez é menor.
Para o próximo ano de gestão, não há expectativa para abertura de novos cursos de graduação. Rosemari conta que é necessário que faça pesquisa de demanda antes disso, mas têm uma boa expectativa para outros anos.
Apesar da condição mais confortável para a instituição, o Bloco da Saúde é um desafio. De acordo com o vice-reitor, o investimento previsto total é de R$ 15 milhões, com contrato com a Dimensional de R$ 8,5 milhões.
A perspectiva de valor para a instalação de laboratório, equipamentos e maquinários é entre R$ 3 e 4 milhões. A parte de design de interiores ainda está para ser projetada.
Segundo ele, parte disso são de recursos do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A outra contrapartida vem da instituição. “Temos esse valor para dar conta e vamos dar conta”, afirma. A obra está prevista para ser concluída no fim do primeiro semestre de 2020.