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Com estrutura comprometida, Tiro de Guerra de Brusque quer redução no número de atiradores

Turma de 2017 receberá instruções em espaço improvisado devido à interdição da sala de aula

Com a estrutura precária, o prédio do Tiro de Guerra de Brusque poderá iniciar as instruções do ano com uma turma de apenas 50 atiradores, a metade do habitual. Desde agosto do ano passado, a sala de aula dos jovens passa por problemas estruturais, que se agravaram ainda mais após a forte ventania de 4 de janeiro, que destelhou parte da cobertura. Além disso, os caibros de madeira também correm grande risco de cair, pois já não suportam mais o peso das telhas.

Em meados de 2016, uma pequena manutenção provisória arrumou parte do telhado, mas com as chuvas dos últimos dias, há novos danos. Além disso, as carteiras escolares e equipamentos da sala também ficaram deterioradas devido à umidade.

Apoio de empresários

No início da semana passada, o diretor de gabinete da Prefeitura de Brusque, Paulo Kons, visitou o TG e analisou de perto a situação. Porém, como a prefeitura – que mantém a instituição – não possui recursos financeiros para uma reforma, ele busca apoio do empresariado local.

“Estou com o projeto em mãos e já estou entrando em contato com algumas pessoas, pois precisamos que disponibilizem os materiais. A mão de obra a prefeitura dará”.

O subtenente Tomaz Jacinto Rodrigues explica que a sala do memorial deverá ser utilizada como sala de aula, pois a atual está interditada. O início está marcado para março. “Fiz uma solicitação para a 5ª Região Militar para diminuir a turma neste ano. Caso permaneça em 100, será feito um revezamento, sendo uma turma na aula prática e outra na teórica”, diz. Porém, esse revezamento deverá prejudicar a grade curricular, pois dobrará o tempo de instrução.

Dois técnicos do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), ligado à prefeitura, estiveram no TG para avaliar a estrutura. O projeto de reforma prevê toda a cobertura da sala de aula, parte elétrica e hidráulica, colocação de esquadrias, portas e janelas, pintura e melhorias nos banheiros. “Ano passado os banheiros foram improvisados. Agora os atiradores têm um local para fazerem as necessidades sem sair do TG. Mas ainda assim não é apropriado para receber a comunidade e as escolas”, diz.

Possibilidade de fechamento

Na avaliação do diretor de gabinete, há possibilidade de fechamento do Tiro de Guerra de Brusque por causa dos problemas estruturais. “É sabido que Jaraguá do Sul tem estrutura para abrigar um Tiro de Guerra, e com essa situação em Brusque, pode até haver uma transferência”, diz.

O subtenente Tomaz explica que anualmente é feita a inspeção pelo comandante da 5ª Região, o que deve acontecer em março ou abril. Os problemas serão avaliados e poderá haver uma conversa com a prefeitura. Com isso, será analisado se é necessária a suspensão das atividades de um a dois anos, para depois desse período, se nada for feito, haver o fechamento definitivo. “Mas é uma probabilidade baixa, até porque o Tiro de Guerra tem 100 anos e não será por uma sala de aula que será fechado”.

Outras prioridades

Além da reforma na sala de aula, o subtenente afirma que há outras demandas antigas pendentes, entre elas, a criação de um campo de futebol aos fundos do terreno, a implantação de um cercado na parte de trás e um aterro para fazer o escoamento da lagoa, que fica também nos fundos.

Rodrigues ressalta que há um projeto para a construção de um estande de tiros, pois atualmente os atiradores precisam se deslocar até um terreno particular. “O projeto foi solicitado para a 5ª Região Militar em 2008, mas por falta de recursos não saiu do papel”.