Com fechamento das fronteiras, casal de Brusque não consegue sair da Argentina
Devido à pandemia do coronavírus, Marcelo e Milena decidiram interromper a aventura e voltar para casa
Devido à pandemia do coronavírus, Marcelo e Milena decidiram interromper a aventura e voltar para casa
O casal de Brusque, Marcelo Furtado, 37 anos, e Milena Madrigal Rodrigues, 21 anos, estão presos na cidade de Rio Grande, na ilha da Terra do Fogo, na Argentina, sem conseguir voltar para o Brasil, devido à pandemia de coronavírus.
Na semana passada, O Município noticiou que eles chegaram a Ushuaia, a cidade mais ao Sul do mundo, após seis meses pedalando. Depois de Ushuaia, o plano do casal era seguir até Bariloche, ainda na Argentina, via Chile. Porém, com a evolução do Covid-19 para pandemia, as fronteiras dos dois países foram fechadas e, desta forma, o casal de Brusque está impedido de voltar para casa.
“A situação está bem complicada. A nossa vontade agora é voltar para Brusque, mas não sabemos quando vamos conseguir”, diz Marcelo.
O casal está hospedado na casa de uma família, porém, não sabe até quando poderá ficar no local. Na Argentina, os hotéis não estão mais hospedando ninguém.
Além disso, por se tratar de uma ilha, o abastecimento na cidade em que os moradores de Brusque estão, está difícil.
“Praticamente não tem mais comida nos supermercados aqui. Como é uma ilha, depende-se muito de fora. A situação está bem difícil”.
Marcelo conta ainda que as pessoas estão proibidas de saírem nas ruas. “Se a polícia te pega na rua, ela dá um aviso. Na segunda vez, eles te multam e se você for estrangeiro, eles te prendem”.
Nos mercados, a entrada está restrita. Os estabelecimentos só autorizam a entrada de 20 pessoas por vez. Idosos e crianças só podem ir ao mercado entre 9h30 e 10h30. Os estabelecimentos só estão aceitando pagamento em dinheiro.
“O dinheiro vai acabando e para nós, estrangeiros, a situação fica ainda mais complicada”.
O casal já entrou em contato com o Itamaraty, solicitando auxílio no retorno à Brusque, porém, ainda não foram atendidos. “Já encaminhamos e-mail para o Itamaraty e entramos em contato com o consulado, mas até o momento não tivemos retorno. Imagino que a demanda de brasileiros querendo voltar deve ser muito grande. Acredito que vai ser difícil ter uma resposta”.