Com lições após derrotas incontestáveis, Brusque precisa seguir e melhorar o bom trabalho
O Brusque não teve chance de ter o título estadual contra a Chapecoense, apesar da bela campanha. O quadricolor esbarrou na zaga adversária e em suas próprias limitações. A insistência nos cruzamentos no primeiro tempo foi estranha. Foi como se o time quisesse fazer gols explorando não o ponto fraco, mas o ponto forte da Chape. Ninguém do Marreco chegava perto de ganhar pelo alto, e a jogada era repetida. Luiz Otávio e Joilson afastavam a bola com serenidade. É bom o Brusque ver que há times melhores, que há o que aprender, o que melhorar no ótimo trabalho que vem sendo feito por Jerson Testoni. Teria sido legal ganhar o estadual, mas é só um estadual. Foco na Copa do Brasil, na Série C e nos problemas ofensivos, que, sem Edu, persistem.
Outra derrota
A bagunça nas cadeiras do Augusto Bauer na final era sem igual. Muita gente presente, pouca máscara no rosto, até mesmo crianças e torcedor credenciado foram vistos. Giovani Martinello falou durante a transmissão da rádio Oeste Capital, de Chapecó: “ou o Brusque tem o maior corpo diretivo do mundo, ou há muitos torcedores no estádio.” As diretorias, agitadas e nervosas pela final, gritavam e a impressão que se tinha para quem acompanhava por TV ou rádio era de que havia ainda mais gente. A imagem levada para fora foi das piores, de desorganização e descaso. A FCF pareceu ter perdido a mão num estádio tão pequeno, indo só na onda das normas sanitárias extremamente permissivas.
Do lado de fora
Com elites e boa parte do povo dando de ombros para a pandemia, jogos de portões “fechados” não fazem sentido. O futebol reflete a sociedade, e já vimos o mesmo filme em outros lugares. Em junho, a torcida do Liverpool comemorou o título inglês com festa nas ruas. Neste domingo, a agitação do lado de fora do Gigantinho foi linda? Sim. Devia ter acontecido? Não. Mas é difícil cobrar do torcedor num momento histórico, ao mesmo tempo em que há show lotado em ambiente fechado de resort em Florianópolis e praias lotadas no país. Tinha terraço de prédio lotado de gente assistindo à final. E o técnico Jerson Testoni, ao fim do jogo, foi abordado por torcedores que o abraçaram e o beijaram. Um risco enorme. Tudo com muita conivência das autoridades.
Parabéns, Vovô!
Nesta segunda-feira, 14, o Clube Atlético Carlos Renaux completou 107 anos de uma linda história! Parabéns ao Vovô! Que em 2020 possa conquistar o acesso à Série B estadual! A imagem, postada pelo senhor Erico Zendron no grupo Futebol Catarinense das Antigas, no Facebook, é de 1954. Branco, Bolognini, Esnel, Ivo Wilrich, Arno Mosimann, Tesoura, Nilo Cervi (massagista); Joyne Regla, Aderbal Schaefer, Teixeirinha, Otávio Bolognini, Egon Petruschky.