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Com mais de 30 anos, morador do Dom Joaquim guarda baú com brinquedos da infância

Fabio Valiati possui cerca de 30 brinquedos no baú que ganhou da bisavó

Criança feliz é aquela que teve uma infância brincando. Para o auxiliar de expedição Fabio Valiati, de 33 anos, este é o sentimento que define os momentos especiais que viveu na sua tenra idade. Como prova de que cada minuto valeu a pena, o morador do Dom Joaquim guarda até hoje um baú com cerca de 30 brinquedos que nortearam a sua infância.

Na caixa de madeira que ganhou de sua bisavó e que está na sala de sua casa, há caminhão de madeira e do Batman, pistolinha, funda, cavalinhos, ônibus escolar, carrinho de controle remoto e de bombeiro, pega-peixe, vídeo game, kombizinha de ferro, cerca de 120 clicas (bola de gude), baralho, jogos de dama, roleta, entre outros.

O primeiro brinquedo que ele ganhou e um dos seus preferidos é o caminhão de madeira. Na época ele tinha 5 anos e recebeu do tio do seu pai – Martim Avi. Na infância, como morava no Ribeirão do Ouro, em Botuverá, a diversão de Valiati e dos amiguinhos da escola e da vizinhança, era no barro do calcário.

“Nós fazíamos um terreno e brincávamos de fazer estradinha. No fim eu sempre lavava o caminhão e guardava”, conta. Já a funda foi feita pelo seu pai, o já falecido Valdir Valiati.

Aos 12 anos, o morador do Dom Joaquim comprou o seu primeiro brinquedo: uma gaita de boca.

Morador do Dom Joaquim tem cerca de 30 brinquedos diferentes/ Daiane Benso

“Sempre foi assim: no Natal era sagrado ganhar presente do pai. Durante o ano, não. E com a mãe (Dulvina) eu sempre recebia um agradinho (os tazos, Kinder Ovo e chocolate surpresa) por ir com ela ao mercado”.

Valiati afirma que sua infância foi feliz, repleta de brincadeiras e diversão. Eram poucas as vezes que ele e os amiguinhos brigavam por causa de brinquedos.

“Se desse eu ficava o dia inteiro brincando. Foi uma infância boa, gostosa. Eu viajava no tempo, no mundo, falava sozinho, sem preocupação. A única coisa que se tinha pra fazer era brincar”, destaca o auxiliar de expedição, que diz que não gosta que ninguém mexa no baú dos seus brinquedos.

“Como eu guardei este tempo todo, não quero que ninguém estrague. São minhas relíquias e acho que não vou deixar nem os meus filhos mexerem”.