Com novos centros regionais, Brusque perderá coordenadoria da Defesa Civil

Governo promove mudança no sistema de gestão de desastres, que deve ser concluída até maio de 2017

Com novos centros regionais, Brusque perderá coordenadoria da Defesa Civil

Governo promove mudança no sistema de gestão de desastres, que deve ser concluída até maio de 2017

A Defesa Civil do Estado vai implantar um novo sistema de proteção e defesa contra fenômenos climáticos. Para isso, serão construídos 20 centros regionais de treinamento, operação e sala de situação, até 2017. A previsão é de que, quando houver a implantação deste centro aqui na região, Brusque perca a coordenadoria regional que hoje existe junto à sede da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR).

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Conforme a assessoria de imprensa da Defesa Civil, os centros vão ser instalados nos municípios sedes dos coordenadores regionais do órgão no estado. Hoje, há uma dessas coordenadorias no município. No entanto, os planos não contemplam a instalação de um centro regional em Brusque, somente em Blumenau.

Segundo Jackson Laurindo, coordenador regional da Defesa Civil estadual no município, o novo modelo de gerenciamento proposto pelo estado não levará mais em conta a localização das ADRs, mas sim das bacias hidrográficas.

Por isso, ele afirma, é que o centro ficará em Blumenau, de forma que atenda toda a região da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi). Com isso, alguns municípios, como Brusque, Guabiruba e Botuverá, serão atendidos na coordenadoria regional de Blumenau. Outros, como São João Batista, Tijucas e Canelinha, irão para a jurisdição de Florianópolis.

“Com a conclusão dos centros, a sede da coordenadoria vai ficar em Blumenau, não vai ter efetivamente em Brusque, que vai estar ligada a Blumenau”, explica Laurindo.

Os centros regionais

O governo do estado informou que os centros regionais vão servir de abrigo para os coordenadores de cada região no estado. Eles serão equipados com uma sala de situação que proporcionará mais agilidade no repasse de dados para a base, em Florianópolis, inclusive com reuniões por meio de videoconferência.

Em Florianópolis, a estrutura ficará junto ao Centro Integrado de Gestão de Riscos e Desastres (Cigerd), que já está em construção. Todos os centros estarão interligados ao Cigerd.

De acordo com o secretário de estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, durante um desastre natural, a estrutura possibilitará espaço adequado para gestão do evento em andamento.

“Autoridades vão se concentrar no local para definir ações e estratégias durante a operação, desenvolver os planos emergenciais e protocolos de operação”, diz.

A intenção é que todos os centros regionais estejam prontos até maio de 2017, quando o Cigerd também estará operando na capital.

Na semana passada, o secretário Moratelli iniciou as visitas para conhecer terrenos que possam abrigar os novos centros. As primeiras cidades visitadas foram no Oeste, com vistoria em áreas de São Miguel do Oeste, Maravilha, Chapecó e Xanxerê. As demais regiões serão visitadas na sequência.

Cigerd

O Cigerd deverá contar com mais de 20 órgãos trabalhando no mesmo espaço. O centro faz parte do novo sistema de proteção e defesa civil que está em fase de implantação em Santa Catarina.

A estrutura vai contar com o centro de monitoramento e alerta, meteorologia, sistema de hidrometeorologia, geologia, mapeamento de áreas de risco, planos de contingência, planos de ações emergenciais, gestão de crise e respostas a desastres. A intenção é integrar os setores para o gerenciamento de crise e, com isso, garantir diminuição de riscos para a população em uma situação de eventos adversos.

A mudança do governo do estado não afeta a estrutura da Defesa Civil municipal, de responsabilidade da prefeitura, que atua de forma independente.

 

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