Com pandemia, emissões de primeiras habilitações caem mais de 18% em Brusque

Autoescolas foram impactadas; número registrado em 2020 é o menor da série histórica do Detran, iniciada em 2015

Com pandemia, emissões de primeiras habilitações caem mais de 18% em Brusque

Autoescolas foram impactadas; número registrado em 2020 é o menor da série histórica do Detran, iniciada em 2015

A emissão das primeiras habilitações para condutores teve queda de 18,38% em Brusque, com os impactos causados pela pandemia. Em 2019, foram entregues 3.966 documentos do tipo aos novos motoristas do município, e no ano passado, foram apenas 3.237. É o menor número da série registrada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), iniciada em 2015.

Em 2020, janeiro foi superior ao mesmo mês do ano anterior, com 222 habilitações emitidas. No entanto, a pandemia afetou os funcionamentos de autoescolas, que tiveram que se readaptar. Elas reduziram a capacidade de atendimento, adotaram novas medidas de higiene, e tiveram bem menos alunos. Portanto, houve menos permissões para dirigir (também conhecidas como “carteiras provisórias”), com validade de um ano antes da renovação.

O pior mês de 2020 foi abril, o primeiro mês que teve as consequências da pandemia em toda sua duração. Apenas 51 habilitações foram emitidas. No ano anterior, 2019, os meses de junho e novembro tiveram menos registros de primeiras habilitações, mas nos outros, houve mais serviço.

A queda de atendimentos não significou necessariamente a queda por procura de interessados em ter a primeira habilitação, conforme relata o proprietário da Autoescola Lideral, Ivandro João Barni. Depois dos primeiros impactos, as procuras voltaram a ser mais próximas do pré-pandemia (compare mês a mês nos gráficos nesta reportagem).

“A partir de um momento, em salas com capacidade para atender 30 pessoas, só podíamos fazer aulas com 15. O atendimento não foi normal, mas não deixamos de atender. A autoescola conseguiu sobreviver”, comenta. A normalidade dos trabalhos só seria possível, em sua opinião, com a vacina para a Covid-19.

Proprietário da Autoescola Marquezan, Célio Marquez tem a expectativa de que os trabalhos voltem ao normal ainda em 2021. Ele relembra que, no início da pandemia, com as primeiras reaberturas de comércio e serviços, poucas pessoas quiseram se arriscar a iniciar os cursos e a praticar em veículos de uso comum.

“Só fez mesmo quem estava precisando. Conseguimos ainda equilibrar porque não tinha ônibus. Houve quem precisasse trabalhar e não tinha como ir ao trabalho. Então fazer uma carteira de motorista, para comprar uma moto, um carrinho. Deu uma equilibrada.” Ele relata que em uma sala com capacidade para 34 alunos, chegou a ser autorizado a fazer aula com apenas cinco. “Hoje ainda trabalhamos com redução de 50%.”


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