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Com prejuízos, empresa de ônibus pede R$ 1,4 milhão de apoio financeiro à Prefeitura de Brusque

Segundo concessionária, subvenção é necessária devido às restrições impostas às atividades

Desde o início da pandemia de coronavírus, que teve seus efeitos sentidos a partir de março no estado, o transporte coletivo urbano tem sido acometido por prejuízos, devido à baixa demanda ou a restrição total de passageiros circulando. Para equilibrar a conta, o consórcio Nosso Brusque, que detém a autorização para explorar o serviço no município, está pedindo R$ 1,4 milhão à Prefeitura de Brusque.

De acordo com o decreto 762/2020, publicado em 31 de julho pelo governo do estado, o transporte coletivo urbano municipal e intermunicipal de passageiros deve se manter suspenso pelo menos até esta segunda-feira, 10, nas regiões em situação gravíssima por conta do coronavírus, entre elas Brusque, que faz parte do Médio Vale do Itajaí. Há, ainda, previsão de que a suspensão seja renovada.

O serviço é afetado desde o dia 18 de março, quando o governador Carlos Moisés estabeleceu quarentena no estado.

De acordo com o diretor da Santa Luzia Transportes e Turismo, Artur Klann, que opera o consórcio Nosso Brusque, duas solicitações foram protocoladas na Prefeitura de Brusque, a primeira em 8 de maio, pedindo medidas para manter a prestação de serviço ativa, para voltar a operar.

Klann comenta que essa solicitação chegou ao Conselho Municipal de Transporte, sendo realizada uma reunião para discutir o documento. Outra reunião havia sido agendada e após a nova paralisação, foi cancelada. A empresa não recebeu nenhuma resposta do conselho ou da Prefeitura.

O secretário de Trânsito e Mobilidade, Renato Bianchi, conversou com um representante do Conselho de Transportes, que o informou que a princípio o pedido foi negado, e pede que a empresa mostre dados que comprovem o que está sendo solicitado.

A segunda solicitação, protocolada no gabinete do prefeito em 8 de junho, foi feita em relação aos 81 dias de transporte suspenso, solicitando auxílio da Prefeitura para manter a estrutura e operar o sistema que já possui um valor pré-fixado, informa o diretor.

Ele ressalta que junto ao pedido, foi apresentado um levantamento com custos operacionais e fixos da empresa, comprovado com notas e justificando a solicitação do valor de R$ 1.420.000,00 para a prefeitura. Esse valor seria para equilibrar os prejuízos que a empresa tem suportado desde o início da pandemia.

Klann destaca que essa solicitação também não teve resposta por parte da Prefeitura, e que o valor já está defasado, devido à nova paralisação.

“Está bem difícil de manter a estrutura, pois são mais de cem dias sem faturar um real. Está sendo muito problemático, sem perspectiva de quando irá voltar, é uma tarefa diária de sobrevivência”, comenta.

Consultada sobre o assunto, a prefeitura informou que o pedido da concessionária está sob análise da Procuradoria-geral do município e que, por enquanto, o governo não irá se manifestar sobre o assunto.